quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Bom Ano Novo !
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Pescadores de Rio Mau e Pedorido
Areio e Pescadores
Sempre que o Caudal do Rio o permitisse a pesca era feita no Areio de Pedorido, onde se juntavam os Pescadores de Pedorido, e Rio Mau, infelizmente hoje desaparecido, pelo volume das àguas da "Albufeira da barragem Lever-Crestuma", provocando a todas as terras ribeirinhas a montante da mesma, o alagamento de muitas dessas terras de cultivo, empobrecendo gradualmente todas essas povoações.
Nesse vai-vém da faina da pesca, houviam-se por vezes, grandes e entoados praguejamentos dos pescadores, barafustando-se uns contra os outros, com a preocupação do acerto da sua vez, visto esta, ser ordenada por ordem de chegada ao cimo do areio.
Ao meio dia, quando soavam as badaladas das Avé-Marias na torre da velha capelinha de S. João, todos se descobriam pondo-se de pé, agradecendo a Deus e à Virgem, para que lhes dessem uma boa pescaria, rezando as três avé Marias e , depois do caldito com um pouco de broa de milho, metiam-se em pequenas barracas construídas e cobertas com Giestas,Chamiças e Rancas, e lá dormiam uma soneca, esperando a sua vez.
Fé de Pescador
Os pescadores tinham a sua fé, acreditavam que depois do sol posto, que ao barrer da tarde e já na sombra do caír da noite, o pescado se movimentava e os cardumes lá se íam movimentando. Era de facto a essa hora em que havia mais abundancia na pescaria do sável e da lampreia. Quando esta era fértil, sentia-se um certo contentamento nos pescadores, pois a vida estava correndo.
Era tão importante, que conatvam-se cerca de 50 Vargas a 4 pessoas cada totalizava 200 pessoas, numa altura em que o número da população era muitissima mais reduzidas.
Quando o leito do rio subia e cobria o areio, os Pescadores deslocavam-se para o Areio D´Órtes, onde se lhes juntavam os Pescadores vindos de Cancelos e Midões e todos tinham o mesmo direito e continuavam com o procedimento acima citado.
As Peixeiras
Ali no areal e em grupo, juntavam -se as peixeiras, que compravam aos pescadores o seu pescado, e se a vida do pescador era árdua a delas não o era menos, pois também tinham uma vida bastante ingrata. Depois da compra efectuada, metiam o peixe nos cestos ou nas canastras e no dia seguinte, lá íam de manhã cedo, a caminho de Penafiel, Paredes, Marco de Canavezes e outras terras circunvizinhas, carregando os pesadas canastras à cabeça, de forma a chegarem aos locais acima designados ao amanhecer do dia, onde por vezes, eram acompanhadas por filhos de tenra idade, carregando também em canastras mais pequenas algum peixe para venda, corrida esta, que saíndo de casa por vo.lta das 3 da manhã, afim de chegar às terras antes dos outros vendedores provenientes de outras localidades.
Esta peregrinação de pessoas envolvendo-se na faina da pesca e venda do seu pescado, era por assim dizer, a maior parte das populações ribeirinhas, pois cada rede ocupava quatro elementos em cada rede. Rio Mau e Pedorido punham na àgua mais de cinquenta redes, que multiplicando por quatro, dava ocupação a mais de duzentas pessoas e mais importante ainda, quando naquele tempo as populações eram muito mais reduzidas que actualmente.
Quando a pesca era abundante, até os comercinates beneficiavam com isso, pois quase a totalidade dos pescadores gastavam a crédito, e liquidavam as suas contas, durante o tempo de faina.
Era um tempo de duração compreendido de Fevereiro a fins de Junho, havia alguns que começavam nova pesca com outras redes ao peixe miúdo, rede de verão, escaleiras e outras que por vezes duravam até aos fins de Novembro.
Uma delícia saborear todo este pescado do rio Douro, pelo seu sabor dureza e limpo.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Mensagem às Gentes de Pedorido
É de inteira justiça que reconheça a ajuda que me deu e me inspirou o Autor do Blogue Histórias Curtas, para que eu voltasse a reviver os bons tempos que passei nessa maravilhosa terra, e ter recordado os amigos, que tal como eu trabalharam, desde os catorze anos e convivi com eles até aos meus vinte anos, quando me ausentei para como Voluntário prestar serviço na Marinha de Guerra Portuguesa.
Tal como aqueles que ali trabalharam que estudaram música ou treinaram futebol, não se podem esquecer dessa acolhedora gente.
Não me compete a mim avaliar se eram isto ou aquilo, o que tenho a certeza que pouco teriam como eles o Dom de bem receber e de partilha.
Se nós os de Cancelos-Rio Mau/Sebolido, Melres eramos circunvinzinhos e como tal bem recebidos, que dizer dos Maltêses?... Como passei no Verão quando o caudal do rio não permitia os rabões transportarem o carvão e o mesmo era feito por Camiões quase sempre e durante quatro anos fui seleccionado para vir encher de carvão em Pedorido, na Estação junto à Ponte. Aqui foi-me dado aperceber que as Gentes de Pedorido recebiam estes homens como de filhos naturais se tratassem.
Manuel Araújo Cunha no excelente trabalho com o Titulo: Chove em Pedorido e o Autor do Blogue Histórias Curtas retratam isso fielmente, mas eu também me senti responsabilizado por ser dever meu dar o meu testemunho, pois da forma como sempre fui tratado, não poderia ficar indiferente.
Atravesso quinzenalmente a Freguesia, com destino a Folgoso, na outra semana passo na Marginal da outra Margem com destino a Sebolido, mas sempre olho para as Crivas em Germunde e Pedorido.
São locais que jamais me cansarei de recordar os bons tempos que lá passei.
Muitos dos Miúdos do meu tempo já partiram, mas estejam onde estiverem quero que saibam que continuam bem presentes na minha memória, aos que fisícamente ainda se encontra cá, um Santo e Feliz Natal e um Ano Novo Próspero, extensivo a todos os outros.
Até lá tudo dentro do melhor possivel.
Mas enquanto escrevia, veio-me à memória a saúdade de quando ainda tinha acabado de dar os meus primeiros passos e já a minha Mãe me trazia com ela para a pesca para o areio D´Órtes, onde aí se juntavam os Pescadores desta maravilhosa terra, que sempre que o Caudal do rio subia e cobria os Areios de Midões e de Pedorido lá nos encontravamos.
Pelo que não será irrealista afirmar que fui crescendo com estas gentes.
Podem acusar-me de saudosista, mas verdade que, recordar é mesmo viver duas vezes, e foi tão bom este tempo em que estive a escrever este passado, que prometo voltarei a escrever mais vivências que tive com gente desta localidade.
Porque tenho familiares por ainidade aqui de Pedorido, saber histórias do passado não será difícil. Até lá um Bem Hajam
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Quadra Natalícia!
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Pedorido = Duas Pontes
Futebol em Pedorido
As Povoações ribeirinhas têm uma atracção especial
Mais Pedorido
Paisagens que nos transmite a vontade de perservar a natureza
Mina e os Mineiros
Lado esquerdo era o local onde os rabões ficavam fundeados aguardano cargaCrivas e Crivadores Era nas Crivas que os miúdos com catorze anos davam entrada na Carbonifera
Um dos Barcos de turistas mais pequenos que passa frente a Cancelos/Midões
Cada vez que nos chega o ruído do barulho dos seus motores, chega uma nova mensagem que nos aviava a memórias e nos leva a revver histórias do passado sempre presenyte, que a mente não deixa que se afastem.
Um recanto de Pedorido
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Duas Santas
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Amanhã Conversamos
Pesca Artesanal
domingo, 22 de novembro de 2009
Transportes em Novembro
Cancelos em Ruínas
1
Artesão Sebolidense
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
.Novo Executivo.
O Povo tem Memória
Vale a pena recordar
Quando há quatro anos um grupo de vários pessoas, incluíndo os amigos da minha infância optaram apresentar uma lista de cidadões independente, de cuja sigla dizia:- "Por um Sebolido Melhor" como não residia cá, só o fazia ao sabado fim da noite e Domingo, por realizar uma reunião às 20h30 numa Associação ,(estava ao corrente do desenvolvimento, porque uma prima minha que eu andava a ajudar a recuperar-se da dependência alcoólica, me informava) mas como tinha e tenho aqui a minha casinha, comecei aperceber-me mais e melhor do marasmo a que estava votada a Freguesia.
Tal como eles também adorava a Freguesia, talvez ainda com mais dor, porque a ausência quando se ama, aumenta saudade e cresce a vontade de contribui para o desenvolvimento. Bastou um simples telefonema para juntar-me a eles, e fui imediatamente aceite (devo-lhe mais esta). Não pertenci á Lista, o prazo já tinha expirado, nem isso era nada importante. Pois quando queremos colaborar podemos fazê-lo em todas as circunstâncias e condições.
Resultados Eleitorais
Votação:- Os resultados, foram de 3 eleitos para o Partido Socilista como o mais votado= Lista Independente com 3 também. A Coligação Democrática Unitária (C.D.U.) 1 (Um), perdendo por 12 votos a Lista Independente.
Seguiram-se as negociações e quando se esperava que da C.D.U. viesse o sim a um entendimento com a lista Independente, e para a qual eu pessoalmente como o outro Mandatário o Augusto Cardoso lhes fomos lhe entregar uma proposta, na qual propunha-se que o Executivo passasse a funcionar com o Presidente do P.S., o Secretário da C.D.U.ou Tesoureiro,cabendo à Lista Independente aquele que não fosse a opção da C. D.U.
Passaria a Assembleia de Freguesia a ser Presidida pelo Presidente eleito da Lista Independente, o Secretário caberia à C.D.U. o terceiro caberia ao P.S. P.S.
Sabe-se lá porquê, e enquanto durante a Campanha se tinham atacando verbalmente, e tinha sido no Mandato anterior o P. S. a retirar a Junta à C.D.U.
Foi logo um casamento à primeira vista entre os dois (ignorando a vontade dos militantes) P.S. C.D.U. Poderia e deveria ser um casamento que fortificasse, mas infelizmente foi um um, mandato de um papel lamentável o que desempenhou o elemento da C.D.U.. Criticava criticava para a Ordem de Trabalhos o que por vezes o Executivo propunha ou fazia, quando na votação se poderia abster e o Presidente com o voto de qualidade desempataria não sendo posta em causa a sua aprovação, mas se calhar para provar a sua fidelidade ou procurar disfarçar o erro crasso que tinham cometido pois se estivessem atentos sabiam que ond o P.C.P. se Junta ao P.S. evapora-se) e para não defraudar o parceiro votava sempre a favor. Às várias reuniões que asssti, apenas e só uma vez o vi abster-se, votando as restantes sempre a favor, o que aliás pode ser consultado no livro de actas da Assembleia de Freguesia. Porque não me revejo, neste tipo de actuação, e mais mme doía, quando lhes tinha proposto pré-accordo, que recusaram e eu que por convicção me identifico e fui eleito autarca por esta Coligação, não posso deixar de lamentar profundamente. Era penante assistir a essas Assembleias. Foi pena que não tivesse havido a coragem de uma recandidatura para se saber que o Povo tem memória.
Pedir para ser pernalizado
Foi perdido um tempo único para a C.D.U., parar com o decrescente e deitada fora a melhor oportunidade de todos os tempo para que a Freguesia se desenvolvesse. Foi um erro crasso., pagou a Coligação e a Freguesia sem qualquer tipo de foi enormemente prejudicada, levando por tabela as nossas Gentes. Mas continuava com a doênça e o ódio de um ou mais elementos da C.D.U. chegando lamentávelmente um dos representantes na mesa de voto apresentado pela Coligação a impôr que por vontade expressaq sua, os votos 24 na C.D.U. os iria juntar,para que o P.S. ganhase é caricato e até dava vontade de rir não fosse o assunto ser sério, melhor muito sério e isto porque após a contagem de votos dava a vitória e deu à Lista Independente, segundo a propotência dele teria o direito sózinho de decidir, mmesmo que isso fosse legal (um absurdo) ele teria o direito de juntar os votos da C.D.U. para que o P.S. ganhasse, tal era o empenho que mantinha. Está porovado que se por hipótese a situação anterior se mantivesse inálterável, juntariam-se de novo. Não surpreende edsta actuação ao vir de quem veio,mas essa factura vai parar direitinha à Coligação. quando foi ele um dos principais, senão o principal culpado, talvez o que mais exigiu, com democraticidade discutível a nivel partidária local, para o citado casamento em, 2005, passando os quatro anos a blasfemar os Directores do Centro Recreativo e Cultural do qual eu era o principal responsável pela maioria das Secções, da Colectividades à qual pertenço com muita honra e com muito sacrifício pessoal, à qual deixeirei bem vincada a minha marca de seriedade e dedicação, sobejamente reconhecida por todos. Vindo de quem a credibilidade vale rigorosamente zero. Mas como quem não se sente não é filho não é filho de boa Gente, ou calar é consentir, quando em plena campanha me convidou para janta, só teve a resposta própria, bem distante e moderada da que merecia. Satisfas-me eles que me desculpem, mas tenho de enaltecer a conduta de todos os Directores, entre os quais me incluo e assumo a total responsabilidade, e isso poucas vezes o faço, de me responsabilizare meter as mãos no fogo pela certeza de que foi sempre nestes quatro anos, uma gestão séria, rigorosa e transparente, que não aconteceu quando outros por lá passaram, e cujos documentos o atestam . Esta coligação foi ao ponto de: e é isso que me dói pela minha dedicação e convicção.
Politíca condenável
Quando e por questões meramente pessoais e politícas, quanto a nós abusivamente e de legitimidade duvidosa o Executivo de maioria P.S., vinha mantendo um corte de relacções Institucionais que enviou ao Centro a comunicar-lhe a decisão, rejeitando todo e qualquer contacto, assim como nem um centavo monetário ccomparticipativo de subsidios. Ao inverso a todos os outros lhes era entregue, e se calhar acrescido do bolo, que legalmente nos pertençia, e isto tudo e muito mais por uma opções de clivagem partidarizadas.
Com entrada dos membros aa C.D.U. que tal como eu nada tinha a haver com as quezílias que eram a nós, tinham o dever de criminar e não pactuar com a sanção imposta, só porque membros do Anterior Executivo não se relacionavam com dois do Centro, isto é inconcebivel, ao darem o aval total descriminação de atitudes inaceitáveis. De nada valeu as vezes que Directores intervieram nas Assembleias de Freguesia e que consta nas actas, solicitando o levantamento das sanções, não teve miníma receptividade por todos os membros da Coligação, as intervênções foram feitas pelo Presidente do Conselho Fiscal e depois no ano seguinte sendo já, ( por ter ocorrido eleicões no Centro) como Secretário do Centro Recreativo a apeleram ao citado levantamento. Acusarem os Directores do Centro de fazerem politícia?.... O acima exposto fala por si, e ilucida eficazmente quem era quem, que fazia politíca prejudicando deliberadamente a única Colectidade que é um marco histórico da nossa Freguesias, e a por acréscimo a todos nós aqjueles que com grande esforço a mantemos de pé. Temos uma enorme divída e a obrigação de quanto foi importante foi no passado, o é no presente e prosseguirá no futuro. Seguramente que não serão estas facadas que venceram. O Povo felizmente decide. Decidiu e decidiu pela mudança, eu que que sou acusado de ingénuo por acreditar. Desta vez corra o risco de acreditar, mas acreditar mesmo que os tempos vão mudar, e que a nossa Colectivida, passará a ter o apoio , carinho, e cooperação do novo Executio. Mas os actos acabam por ficarem com quem os pratica.
Vou acreditar
Porque quero mesmo acreditar, vou estar mais liberto e como tal disponivel para poder ser vigilante e actuante,para que se poder contribuir para alguma coisa se poder melhorar, não deixem de o fazer, só porque não foram sensibilizados para solucionar.
Quero mesmo acreditar
Costumo dizer a doix Amigos sinceros e meus confidentes, por quem nutro grande estima e amizade , com os quais trabalhei nestes últimos quatro anos em total sintonia, que por vezes são demasiados ingénuos, porque acreditam fácilmente. Dizem-me o mesmo a mim. Pensava eu que pela minha experiência, que há muito tinha deixado de o ser, que passaria seguir a teologia de S. Tomé e que de ora avante, só acreditaria depois de obra feita. Pois bem desta vez vou arriscar e dizer:, eu acredito. Certo que estou farto da maioria dos politícos que nos entram porta dentro com promessas ilusórias, que jamais cumprem. Mas não eu trabalhei com esta gente para a montanha parir um rato.Sei o que valem e conheço o seu caracter.
Eu quero. Quero mesmo acreditar, e não o vou fazer de ânimo leve, vou ser paciente e saber esperar até que tenham o tempo necessário para resolveram os graves problemas de endividamento que herdaram(fazendo fé no Comunicado e nos dados avançados no mesmo que a Junta nos enviou) e acredito porque tenhos fortes razões que me levam a acreditar na equipa. Certo de que a obra vai aparecer. Se no total do Mandato, a montanha parir um rato e então sim. Vou-me sentir totalmente defraudado.
De acordo com o Comunicado pior não poderia ser, pois dever é normal (todos devem) gravoso e nã se deslumbrarem as obras, quando sei tratar-se de gente séria e que se assim for apenas terá sido uma má gestão. Repetir que era aceitável se houvesse obra feita, mas infelizmente ela não existe.reafirmque pelo que conheço deles, não questiono a sua seriedade. Mas a cofirmar-se não tenho menor dúvida e porque os sinais são por demais evidentes que não souberam administrar.
Mas sabemos que temos pela frente um ano de dificulades, ou melhor do mais na mesma, por eles terão de travar uma luta àrdua para poderem cumprir com os compromissos, já assumidos. Disseram-no que o desempenho da Junta será próximo ano de enormes limitações. Passado isso, vou mesmo acreditar que que os a concretização daquilo que anunciou o Senhor Presidente da Junta no Jornal Notícias de Penafiel nº 48 de 13 de Novembro se venham a concretizar. Ou mesmo até quando algumas delas estiver de pé vão ter maior valor, então direi, como foi bom ter acreditado.
Lendas da Minha Aldeia
Moira na Quinta que lhe deu o nome.
Conta a Lenda , que a Nobre Moira
Que á noitinha ía namorar
Com as Ninfas do Rio Douro ao Luar
sábado, 1 de agosto de 2009
= Pescadores, Barqueiros e Marinheiros
Os meus Progenitores
C O N F I S S Ã O:-
SE ATÉ AO FIM DOS MEUS DIAS NÃO FIZER MAIS EM PROL DA DIVULGAÇÃO
DOS PITORESCOS LUGARES DE CANCELOS E MIDÕES É PORQUE TAL NÃO ME FOI POSSIVEL = ADORO ESTES DOIS LUGARES E SUAS GENTES .A QUEM MUITO DEVO.
=RECORDANDO COM TODO O AMOR E CARINHO O LUGAR ONDE NASCI E RESIDI ATÉ AOS TRÊS ANOS IDADE, MAS COM O QUAL SEMPRE MANTIVE ESTREITA RELACÇÃO.
APENAS PASSEI A VIVER DE FRENTE JUNTO Á OUTRA MARGEM.( UM PRIVILÉGIADO)
=A casa da Madrinha da Minha Mãe=
Tia Olivinha, Peixeira e Carvoeira
(Com seu marido, Pescador e combatente da 1ª Guerra Mundial)
= FOTOS EM BAIXO MOSTRAM O ANTIGO AREIO DE MIDÕES E O AREIO DÓRTES =
LUGAR DE MIDÕES,ONDE EM TEMPOS EXISTIU O AREIO , HOJE NAVEGA O PAQUETE
=Estas recordações do passado, enchem-me de ternura e saudade, porque me foram deixadas por almas abertas e doces
Apesar da total confiânça que nele deposito, confesso que cheguei a admitir que poderia estar a brincar com o Tio e como tal seria uma brincadeira.
Mas teria de confirmar e um pouco sorrateiro lá me apresentei há hora combinada.
O som da música estava baixo e só muito próximo é que a comecei a ouvir.
Lá chegado não sabendo muito bem como entrar, dirigi-me a dois Senhores se poderia entrar, pensando eu que eram porteiros e como eu não era Associado, quando me dirigi a eles. ao voltarem-se apercebi-me que o suposto porteiro era nem mais nem menos que o Senhor Presidente da Câmara de Castelo de Paiva, o qual reconheci, só depois de lhe ter feito a pergunta se poderia entrar uma vez que não era Associado. Não resistindo a contar-lhe a história e pedir-lhe desculpa, uma vez que há cerca de um mês e meio nos tinhamos encontrado na Biblioteca Municipal de Castelo de Paiva na apresentação do Livro Ninfa do Douro
Surpresa Maravilhosa
Perguntava a mim mesmo como teria sido possivel desconhecer por completo esta Associação que já conta 12 anos e com tamanha dimensão.
Pouco depois encontrava-me com o Sérgio, fez-me algumas apresentações incluindo o fundador sócio número um.
Devo confessar que foi de uma gentileza exemplar.
Senti uma enorme alegria ao ter conhecimento da grandeza desta Associação num meio tão pequeno e onde residem poucas pessoas, mas que conta com 467 Associados.
Em Sebolido todos são inocentes segundo cada um, mas a responasabilidade reparte-se por uns poucos, que tudo fazem para manter essa distância entre partes em conflito. É uma verdade inquestionável e como tal não pode nemdeve ser omitida. Mesmo que isso não satisfaça ás partes em confronto.
Levo muitos anos ao serviço em várias associações, como tal sei avaliar quanto custa criar e o esforço que é necessária dispender.
Tão maravilhoso e gratificante para mim estar a falar e alertar ( pedindo para isso permissão) por me ligar laços faternos a esses dois lugares, sendo que foi mesmo no Lugar de Midões onde nasci e vivi até aos quatro anos de idade,passando a partir daqui a residir em Cancelos, mantendo essa ligação dada a assiduidade pescando e dormindo em Midões e não esquecendo o campo agricola que tinhamos no santo Ildefonso. ( Herança da minha Mãe e que o cultivou muitos anos.
Nos meus Blogues: Terras rio e mar. = Terra Rio e Mar, = Rio Terra e Mar, falo das minhas afinidades ao Lugar de Midões e a partir de agora procurarei juntar mais dados e testemunhos vivos, e permito que a associação possa desfrutar deles caso lhes pareçam terem algo de interesse.
Darei seguimento e desenvolverei a noite maravilhosa que vivi neste primeiro contacto, será mais um acontecimento importante que a minha memória não deixará que se apague.
A Parte da Frente da Antiga Escola de Midões , onde hoje está instalada a Associação de Jovens.
Um Rebocador Reboca uma Plantaforma de Carga junto á margem da Encosta de Midões
Frente ficava a sardinheira, ali se encontravam as pedras de uma pesqueira que desmoronou
Esta fotografia tirada a meio do rio no dia 4 de Agosto de 2009 por volta das 8 horas da manhã
Frente ao Lugar do Picão em Pedorido = Hotel Flutuante= Nas águas do Rio Douro
Helicóptero enchendo água para apagar um fogo no Vale Escuro no fim do Mês de Maio 2009
Helicóptero junto á margem porque a forte ventania não permitia reabastecer-se ao meio do rio
Um Navio carregado de Inertes (Areia) vindo da Varzeela encontrando-se frente ao Lugar de Midões/Raiva
Dois Rebocadores Rebocam uma Plantaforma que transporta uma Grua Rio Douro/Cancelos
Um dos Navios de Turismo de maior porte que navegam no Rio Douro, Frente Tapado Coelho
As Fotos demonstram que nos tempos correntes o Rio em Cancelos é atraente e espectacular
(Pena que os Responsáveis não incrememtem condições de melhor e mais amplo acesso
Contam-se seis décadas e seis meses o tempo que levo entre o dia em que nasci e o dia de hoje
22Julho de 2009.
Não fora a Natureza causar uma daquelas surpresas que nos proporciona e decide neste mês presentear com um dia chuvoso, que nos convida a sentar como no caso frente ao computador e a nossa mente que parece já contar com este descanso quase obrigatório, avivadamente nos traz ao presente, tempos do antigamente, que apesar das distâncias em que ocorrem parecem copiarem-se rigorosamente.
=O Rio fica a escassos metros, olhava e lá andava uma pequena embarcação com três pescadores , indeferentes, qual fato de chuva qual quê!...
=O mesmo se passava com uns outros quatro que se encontravam a pescar de Terra na margem do outro lado.
=Fui buscar a objectiva, como sempre tive a Doênça da Fotografia, lá me preparava para obter algumas, mas como o que é barato tem rato, a máquina fracota não propocionava uma imagem de alguma qualidade.
=Prometi a mim mesmo que um dia quando deixasse de trabalhar efectivo, gostaria de poder contribuir para que eles voltassem a florir de novo.
=O MUNDO MARAVILHOSO DE CRIANÇA=
»Foram convivências com Gentes de todo o nosso Portugal.
»Passamos horas a fio a falar do que foram e como foram vividos os nossos tempos de criança e como eram partilhados.
»Por muitas e importantes razões importante se tornará fazer a sua divulgação.
»Ao fazê-lo pretendo que ele venha a servir como guia de ponderação. Muita coisa certamente não é recomendável que se façam.
»Se calhar também nós não o deveriamos ter feito, mas muitas das coisas que se passaram e como se passaram, eram um desafio constante. Estou convicto que foram os nossos desafios, que decididamente contribuíram para uma maior flexibilidade de horas marcadas de entrar em casa.
Santissimas Trindades
« RECOLHER OBRIGATÓRIO«
Segunda Guerra Mundial 39/45
»TERÁ DITO SALAZAR:- PORTUGUESES FICAREIS LIVRES DA GUERRA. MAS NÃO LIVRES DA FOME «
TRÊS ANOS DE IDADE
Não foi nada fácil a minha integração e aceitação pelo grupo de crianças entre os 3 e mais anos.
Dia que não me acertassem o passo não era dia bom para eles.
Entendiam que eu não tinha o direito de participar nas brincadeiras nem ocupar os espaços que eles consideravam exclusivamente seus.
Apesar de os meus Avós Paternos serem deste Lugar e eu aqui viver tempo a meias com o Lugar de Midôes.
Meus Pais compraram cerca de um ano antes uma Casa no Lugar de Cancelos o sito conhecido por Tapado do Coelho.
A mesma estava ocupada por um caseiro, que teimava em não saír.
Impuseram condições e mais condições, apesar de minha Mãe ter arrajado casa e comprometer-se a pagar-lhe um ano de renda.
Nada servia.
A lei facultava-lhes esse direito.
Foram tempos difíceis, pois a casa onde habitávamos no Lugar de Mídões,era em Terra e apenas tinha cosinha pequenissima e uma sala igual.
Já eramos dois irmãos e um terceiro estava a caminho.
Travessia do Douro
A vinda definitiva para a nova moradia que eu meu dois anos antes tinham comprado em Cancelos, aconteceu um dia mais cedo do que estava previsto.
Minha Avô chamou para informar que já tinha a chave, que a Malhada velha já a tinha entregue e que a Casa já estava vazia.
Minha Mãe tinha acabado de meter a farinha de milho no caldo para fazer umas papas, nem queria acreditar no que ouvia. Começouu de imediato a carregar a meia dúzioa de trapos para dentro do barco, que era o que havia, tal era a pobreza, embrulhou num farrapo a Panela das Papas e vá de atravessar o Rio e o almoço (as papas seriam comidas na nova casa).
Para mim era uma festa maior, pois em Midões era bastante limitado no meu raio de acção, as minha Tias e Primos não me davam redea solta e como tal o larú era limitado.
Vir para uma casa maior e já com Soalho de Madeira, foi uma enorme alegria.
Deu para estar uns dias sem vontade de procurar arranjar companhias.
Esta prisão voluntária, foi Sol de pouca dura.Provadamente não edra passaro de gaiola.
Ao Tempo... Em Cancelos existiam um grande número de raparigas e rapazes. Seguramente o tempo em que mais crianças houve aqui no fundo do Lugar.
Haviam grandes movimentações, o único transporte existente era pelo Rio e os Barcos Rabelos, Rabões e outros, subiam e desciam e muitas vezes paravam aqui no Lugar á espera de vento.
Apesar de frequente a minha permanência em Cancelos em casa dos meus Avôs Paternos, e me juntar aos miúdos de Cancelos, quando mudei em definitivo as coisas complicaram -se.
e depois que passei a viver cá, comecei a ir sózinho e segundo eles era reguila demais para os gostos, foi então que comecei a ser confrontado.
Queria brincar, mas eles não permitiam nem que eu jogasse á bola ao Pião, saltar á corda, ou á macaca nem pensar etc. Fazer casinhas também era impensável, nem tão pouco que me abeirasse deles. Quando me apróximava um pouco mais. Corriam comigo.
Esta situação durou algum tempo. Isto revoltava-me, mas eles não eram bons de assoar.
Eu também não lhes ficava atrás. Eles eram muitos e unidos eu era só.
As coisas ainda mais se complicavam em cada dia que entrava.
Treinavam-me e eu não me podia queixar. Porque tudo o que eu fosse dizer ás Mães deles ou á minha Mãe, mesmo que verdade pura passava a ser pura mentira.
Contavam tudo a favor deles, o culpado de tudo era sempre eu.
Levava deles e dos meus Pais.
Foi uma luta desigual, mas que aos poucos eu fui vencendo.
Comecei também a ajustar contas quando os apanhava isolados. Depois de uma boa trepa, ficavamos a ser amigos. Assim fui arranjando mais amigos e acabedi por ser totalmente aceite.
Eu não era um bom exemplo, era mais um tratante que entrava no grupo.
Começamos a engendrar coisas do arco da velha.
Chegavamos a surpreender os nossos progenitores,questionavam-se se seria possivel nós uns fedelhos termos capacidade para fazer as coisas que faziamos. Chegavam a acredita que cenas de traquinices que faziamos, teria de haver alguem com mais idade metido nisso.
O Mundo estava em transformação.
As conversas dos Barqueiros dos Barcos Rabelos, juntado-lhes as que ouviamos dos nossos prescadores, que não tinham grandes reservas de falarem, quando nós estavamos por perto, permitia-nos saber tudo como as pessoas crescidas.
Aos quatro anos,estavamos no grupo onde haviam outros com seis e sete.
Todos juntos fazíamos coisas levadas da breca.
Os nossos Pais que tinham tido uma educação extremamente rigída e abrutalhada, procuravam dar-lhe continuidade, convencidos que serua a melhor. Os tempos eram outros.
Eramos castigados com dureza,eramos púnidos por tudo e por nada. Isso levou-nos à teimosia e as ditas asneiras que faziamos assiduamente não lhes dava grande possibilidade de rigidez total.
Dia que não chovesse não era dia. Mas como era diário, acabamos por ficar malhadiços, a porrada já não era problema. Continuar a fazer o que bem nos apetecia.
Numa altura em que o dinheiro mal chegava para comprar um carrinho de linhas por mês, quando os apanhavamos, logo o faziamos desaparecer, para fazer rede para os Pardelhos. O problema era que as nossas Mães precisavam das linhas para remendarem as roupas e nós já as tinhamos utilizado. Era um chover constante do Pai e da mãe.
O problema agravava-se, porque deveria estar a cuidar dos meus irmão mais novos e andava sempre longe,fazia-o constantemente e a tareia certa já não era problema, a minha Mãe já evitava bater-me com a mão porque isso já dava era para ela se aborrecer e não sortia qualquer efeito. Normalmente era com uma corda, também não assustava, era um puco mais árduo quando era com uma vargasta, mas mesmo assim no dia seguinte a cena repetia-se.
Quatro Anos
Já mergulhava e ficava preso na lama, nadava em locais fundos e de dificuldades acrescidas. Isso sucedia diáriamente, os mais velhos faziam de socorristas e as dificuldades eram ultrapassadas.
Vida Ocupadissima
A vida começava muito cedo, quando o tempo o permitia. Por volta das cinco e meia da manhã havia que levantar para acompanhar a Mãe buscar um molhito queiró ou carqueja, que depois carregaria até ao areio de Cancelos, onde os Rabões a viriam carregar. Muitos dias após a chegada com a carqueja, havia que ir ao maninho do Vale da Fonte ou Vale Escuro, apanhar um pouco de lenha para depois cozinhar.
Chegados, logo preparava a escapadela, pois o jogo do Peão, as corridas a pé organizadas pelo Mudo ( que o prémio era sempre a velha cavilha). Jogo da Macaca,a bola de trapos para disputa do jogo debaixo da ramada da Ti Maria Zé ou no Areio , fazer o Barquinho de Papel para navegar ou de casca de pinheiro. Preparar as bolas de lodo para a batalha do dia seguinte. Colher caixilhos para as casinhas, pois a namorada tinha que ter os ingredientes para poder cozinhar. Ir roubar fruta á Moira, á Abitoriera ou Pedregal. Eram tarefas que não podiam ser adiadas, bem como a pescaria sempre muito importante.Ainda como uma vinda cá acima para apreciar o andamento das obras da abertura da Estrada, o que não nos agradava nada, porque sabíamos que o seu funcionamento tiraria muito a Cancelos. Ainda de vez em quando uma escaramuça. Os Domingos eram ocupados a apreciar os bailaricos debaixo da ramada.
Cancelos e Midões eram um Mundo Maravilhoso.
Ainda havia outras tarefas para cumprir, tal como estar na bicha , quando no Verão a Fonte deitava pouquíssima água e a encher um caneco de água levava mais de uam hora.
Também quando o tempo o permitia era natural a travessia do Rio a nado. Para tentar passar despercebido a roupa ficava sempre escondida e íamos nus. Mas era fácil sermos avistados das nossas casas que estão implantadas a poucos metros do rio.
Na maiorfia das vezes quando chegavamos ao local de partida tinhamos o Pai ou Mãe a esperar a tareia era certa, algumas vezes de cinto e quando estavamos nús, mas estavamos tão malhados, que nada fazia doer e no outro dia as cenas repetiam-se.
= A casa por cima foi adquirida por um novo inquilino onde em tempos viveu uma numerosa familia onde a fome foi o pão nosso de cada dia dessas crianças.
=Vendo-se ainda parte da casa antiga da Olivinha agora reconstruída pelo seu Filho com a bonita idade de 89 anos feitos em Abril passado.
= Ao cimo o Monte do Vale Escuro, noutro local desenvolverei os inúmeros casos ali ocorridos.
1=Velha Casinha,que teimo em conservar, onde muitas vezes faltou o pão, mas nunca o amor e carinho de uma Santa Mãe. Aqui dentro está muito de mim. Tempos que a memória não deixa que se apaguem. Um amor que perdura e irá continuar para além de mim. É minha convicção.
2= Do lado esquerdo pode ver-se uma parte da Fregueisa da Raiva.
3= Rio Douro, Midões e Cancelos são um Mundo Espectacular LEITO DO MELHOR RIO DO MUNDO (RIO DOURO). O Cais actual, onde antes da Construção da Barragem de Lever começava o Areio de Midões A Tasca do Saudoso Júlia
Lado Direito Casa dos meus Avós
Lamparão, hoje rua do Lamparão der Midões/Raiva, onde em tempos ídos no Edifício maior funcionou a celebre Tasca do Tenente e posteriormente do Correia. ( AI QUE SAUDADES) A Casa ao Lado direito era da Antiga Familia dos Caramilas (Meus Avós Maternos) na qual dormi noites e dias em criança com a minha avó Mãechica).
Caramilas e Polonas
Viagem de Sonho
( Elos de Ligação Maternos e Paternos)
Conversas dentro de àgua
Recordações de S. Tomé e Principe