sexta-feira, 27 de março de 2009

Sebolido Penafiel=Recordações de Outrora = Os Tempos da Ti Matildes- Agricultura











Aqui Em Cancelos, O MUNDO NÃO PARA= PESCADOR MARINHEIRO E AGRICULTOR




Agricultura em Cancelos = Tirando Batatas No Tapado do Coelho em Cancelos= A SEREIA






Embarcações embelezam o Rio em Cancelos e proporcionam uma Panorâmica Única.





Um Barco de transporte Turistico e dois barquitos das Caves do Vinho, sendo rebocados








Uma Lancha em Passeio, vendo-de a saborear as ondas um moto de àgua e seus tripulantes







Construção da barragem trouxe-nos prejuízos insanáveis. Outras coisas nos ajudam a esquecer esses inconvenientes, tal como atesta a fotografia desta embarcaçãi flutuante frente a Pedorido.




QUANDO GUARDAMOS AS NOSSAS RECORDAÇÕES DE CRIANÇA. OS TEMPOS VOLTAM









Finalmente concluída a lingueta tal e qual como antes coberta com um manto de areia fina





























BARCOS ATRACADOS NA LINGUETA DOS PESCADORES /MARINHEIROS 21/03/2009.





Foi reconstruída porque com o decorrer dos anos, aos poucos as vagas e as fortes correntes a foram desmoronando. Assim repôs-se um rico historial deste pitoresco lugar de Cancelos da Freguesia de Sebolido.





Com a subida do caudal do rio, motivado pela construção da Barragem de Lever/Crestuma e a força com que as fortes vagas criadas pelos barcos de grande porte e a força com que embatiam no muro da Lingueta, foram durante todos estes anos, arrastando os grandes pedregulhos que a sustentavam.





As duas existentes na Quinta da Abitureira,(Quinta esta que já foi possuidora de (Brasões) também situada na Freguesa de Sebolido). São marcos de um historial ímpar, com alguns séculos de existência. Esta verdade irrefutável, que fazia parte da História da Escola do primeiro ciclo aqui em Sebolido.





COM QUE PROPÓSITO TERIAM SIDO AQUI CONSTRUÍDAS AS LINGUETAS





No Verão com o baixar do Caudal do Rio, a profundida era muito pouca, como tal não era possivel continuar com grnade lastro, dado o assoreamento.





Como tal foram construídas estas duas linguetas para ser possivel descarregar as Pipas de Vinho do Douro que aqui eram armazenadas. Uma no Armazém da Quinta da Abitureira, a outra no Tapado do Coelho. Com o Inverno o Caudal do rio subia e o transporte até ao Porto tronava-se viável e muito mais rápido, enquanto isso as fortes correntes não aconselhavam em que determinados pontos de perigorisidade se navegasse. Elas que serviriam para ter esta importante servidão, consta que poderão mesmo sido construídas um pouco antes da primeira exportação de Vinho para Inglaterra.






























































Sabido que no Pitoresco e acolhedor Lugar de Cancelos sempre as suas gentes no decorrer dos Séculos, o seu principal rendimento e ocupação profissional, foi a Pesca. É de inteira justiça a placa ,prestando-lhes justa e sentida homenagem, que a medsma sirva para perpetuar as suas memórias.. Bem Hajam pelo legado que nos deixaram.

Os Pescadores dirigem-se ao Barco Rabelo para trocarem Peixe por Jeropiga Dois Pescadores Colhem a Rede, o outro Pescador levanta a Tralha Superior para que o peixe não possa fugir. 4 Pescadores com a Varga, dirigem-se para o Areio, onde darão inicio à Campanha

RECORDAR É VIVER -
ERA ASSIM A PESCA ARTESANAL NOS AREIOS DE PEDORIDO, MIDÕES E DORT´S.
RELATO ILUCIDATIVO DOS APETRECHOS E PESSOAS PARA A PESCA AO SÁVEL E LAMPREIA

INTRODUÇÃO:
ESCOLA DE VIDA

Asgentes felizes são como um barco de vento favorável, onde estas gentes não estavama onde moravam, mas sim onde amavam. Seguramente amavam o seu rio.

Tal era o amor que não foi necessário o rio secar para saberem o valor da água. Homens e mulheres que nunca perderam a candura da infância. Jamais se dirigiram ao rio com a intênção de pescar. Como prova sempre levavam as suas redes.

Gentes que mesmo quando a Lua estava deitada, eles Pescadores estavam de pé e bem acordados.

È este amor que perdura em muitos dos seus descendentes.



UM RELATO IMPARCIAL- TAL O AMOR E LIGAÇÃO A TODOS ELES

Vou procurar ser o mais imparcial possivel, para que não caia na tentação de puxar a brasa em demasia á sardinha. Nasci no seio de uma grande familia de Pescadores,tanto pelo lado materno, como pelo paterno. Naturalmente e seguindo aquela máxima "Filho de Peixe Sabe Nadar". Naturalmente, também eu teria de ser pescador. Trabalhei com todo quase todo o tipo de redes que era utilizada na pesca. Sendo até que a maioria delas as preparei ou ajudei a preparar. Não será muito importante opinar, se dos Lugares e Freguesias Ribeirinhas e neste caso concreto, se os pescadores de Cancelos juntamente com Midões, terão sido proporcionalmente, aqueles que mais se dedicaram a estas lides. Ou mesmo se a sua sabedoria, superava os outros pescadores do Lugar de Rio Mau e da Freguesia de Pedorido, que quando o caudal do rio o permitia pescavam no areio de Pedorido, sendo que os de Cancelos e Midões pescavam no Areio de Midões. Quando o Caudal cobria os dois Areios, todos se juntavam e pescavam no Areio Dort´s, já que este era o maior de todos os areios ao longo do Rio Douro e como tal só em grandes cheias não era possivel pescar. Pelo que me foi dado conhecer estou convicto que todos no seu conjunto levariam vantagens a pescadores d'outras paragens. Já que as suas ligações com outras tarefas eram constantes.

CONSIDERAÇÕES :-
Por mim conhecendo os pescadores destes lugares,(tendo pescado com os maiores vultos).merecidamente terá de ter destaque especial, aqueles que viviam quase exclusivamente da pesca . Todos os outros se dedicavam com total empenho. Gente que muito para lá da enorme necessidade que tinham da caça do Pescado.Já que por vezes,esta era a única fonte de rendimento, que entrava em suas casas. Muitas vezes esta era única fonte de rendimento, a sua sobrevivência e dos seu dependentes. Era contagiante notar a maneira como deixavam transparecer uma enorme alegria e o sentimento de paixão e amor que nutriam, fosse pela sã camaradagem, (a partilha) fosse pelo amor ao seu rio Douro.

NÚMERO DE REDES E PESCADORES POR CADA VARGA.
Tempos houve em que Midões e Cancelos chegaram a ter 32 Vargas. Como cada Varga ocupava 4 pessoas, logo 120 pessoas (Homens - Mulheres, Adolescentes e Crianças),que se ocupavam desde meados de Janeiro até fins de Maio. Sendo que depois vários homens continuavam, quando terminava a pesca ao Sável e Lampreia, normalmente no mês de Maio, até fins de Setembro,continuavam a a pesca, utilizando outro tipo de redes e o pescado eram várias espécies de peixe miúdo.

PESCADORES QUE CONTINUAVAM NA PESCA AO PEIXE MIÚDO.
Destes homens destacam-se pescadores, como os Ti´s Jaquim Ferreira( O Garguenteiro),Albano, Carlos e Américo Rouxinóis, Luis Gordinha e Francisco Mota. Muitos outros pescavam dois ou mais anos ,como eu e tantos outros, Jovens e Adultos. Interrompendo, quando se arranjava um trabalho de rentabilidade continuada.

AS ESPÉCIES MAIS APRFECIADAS ERAM O SÁVEL E A LAMPREIA.
Certo que as espécies mais preferidas pelos pescadores e querm as podiam comer económicamente, eram o Sável e a Lampreia. espécies que faziam parte da economias da região. Apreciados e servidos á mesa de muito boa gente.

SAIBA COMO ERAM MANUSEADAS ESSAS REDES E MÉTODO DE UTILIZAÇÃO.
Importa ilucidar como eram manuseadas essas redes e a maneira como eram utilizadas. As redes de arrasto utilizadas para a pesca do Sável e Lampreia só era possivel manuseá -las, utilizando um Barco.

O BARCO VALBOEIRO OU SAVEIRO, SENDO QUE TODOS ELES TNHAM UM NOME PRÓPRIO. Tinha um cumprimento que variava entre os seis e oito metros. Com cerca de 2m de largura, forma abdicada, construído em madeira de pinho e eucalipto.Composto por:- Sagro, Costado, Cavernas, Proa, Coqueiro,Chileira, Taburnos,Toste, Chilote,Terlinga e Draga.Utensilios :- Dois ou mais Remos. Paus de Vela, Bela Bicheiro e Bartedouro. Como nota curiosa. Quando fui para a Marinha e fui estudar marinharia, apenas dois ou três nomes eram usados. O Bartedouro,os Remos, o Mastro e a Vela.

COMO ERAM PREPARADAS AS REDES DE ARRASTO PARA A PESCA AO (SÁVEL E LAMPREIA).
As redes de Arrasto normalmente eram feitas por Pescadores com maior conhecimentos e Arte. O fio era feito de linho, que as próprias mulheres fiavam,com as rocas e fusos, passavam depois para o sarilho, onde ficava em meadas.Estas meadas depois passavam para um novelo,depois para as agulhas de madeira, de madeira também era feita uma forma, para se fazer a malha á medida que em média era de 6o. Para se começar a fazer a peça, haviam 3 maneiras de o fazer; o cabeção,o radial ( que se poderia começar com 3 malhas e o cabresto,todos serviam para iníciar, à peça de rede a confeccionar.

OS ELEMENTOS DE UMA VARGA ERAM QUATRO.
TINHAM REGRAS E HAVIA DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS.
Eram compostos por 4 elementos, homens mulheres e Jovens a partir de tenra idade.Assim se organizava a Companha.
Imprescindível um Barco, o qual tinha de estar matriculado na Hidráulica do Douro.
Teria de ter-se normalmente 8 peças de rede (sendo que cada duas peças mais a pessoa correspondia a um quinhão).Cada peça teria de ter 6,5 braças de comprimento, por 3 braças de largura. Sendo que o total das 8 peças correspondia a uma rede com 140 metros, com 3 braças de altura. Eram ligadas as peças umas ás outras por um fio mais forte.Nas laterais por cordas finas em linho ou algodão, cujo nome eram tralhas,estas eram maiores que as redes para servirem de forcadas, ou melhor para serem depois ligadas a um corda mais grossa chamada tôro. O nome dado aos extremos das redes no sentido de comprimento era cabeções e as cordas que eram ligados a estes forcadas.Ligadas depois de entrançadas aos aludidos tôros de proa e do traste, cordas que tinham o seguinte comprimento. Tôro de proa ligado á furcada tinha 50 metros e o tôro do traste 100 metros. Junto das furcadas era-lhe colocado um cabeceiro (chicharo), que servia de pesquisa para determinar o angulo que a própria rede poderia fazer no percurfso, ao deitar o lanço no tôro do traste. Era feita uma asa, que enfiava numa caverna do barco para nã se soltar casualmente.

TINGINDELA DAS PEÇAS DA REDE DAS VARGAS.
Quando os Panos das redes estavam totalmente prontos,arranjavam-se cascas de Salgueiro, pisavam -se numas pias ou pios, feito em pedra dura. metiam-se dentro de uma Panela de Ferro compradas na Fundição de Crestuma, era cheia de água,era feita uma grande fogueira, depois de bem fervida,a água era metida em grandes gamelas de madeira, onde as redes que tinham side feitas em cru, era mesgulhadas e depois de bem tingidas eram retiradas e colocadas numas forquetas chamadas varais, para que as redes secassem.

ENTRALHAMENTO DAS PEÇAS DA VARGA.
Por cima levava 1 rodela de cortiça,de oito em oito casas era feito um buraco ao meio para enfiarem na tralha superior.
Por baixo com os mesmos espaços levava uma pedra de Xisto, (eram pedra de lousa que se carregavam da Serra da Louseira),arredondavam - se, era-lhes feito um buraco, sendo que no mesmo se enfiava um fio que amarrava á tralha. Para o entralhamento, usava-se uma peça de madeira a que à qual se dava o nome de bitola.

TUDO PRONTO PARA SE DAR INÍCIO Á COMPANHA.
A rede era acomodada sobre a chileira.Os quatro pescadores que faziam parte da Varga, rumavam ao Areio que seria o de Midões, se o Leito do rio o permmitisse ou Areio Dort´s se o Caudal do rio imergisse o Areio de Midões. Se aqui se juntavam as Vargas deste Lugar e de Cancelos no Areio Dort´s juntavam-se ainda os de Rio Mau e Pedorido, sendo que todos pescavam com direito igual.
Aproava-se o barco ao Areio, dois pescadores saíam para terra levando consigo a ponta do tôro da proa, os outros dois começavam a remavar rumo á outra margem de costas para ela (começavam a sacar - "sacar-remar ao contrário").
Começando a largar a rede teria necessáriamente de haver grande cuidado, por parte do elemento que sacava junto ao traste, cabia-lhe a responsabilidade de ver, se a rede que ía entrando na água não caía entrelaçada. Porque se tal acontecesse o lanço ficar irremediávelmente inutilizádo. Pelo areio seguiam os outros 2 elementos, puxando para terra e sempre para a frente as forcadas, para que a rede do seu lado fosse encostada o mais possivel á margem. Isto para que o peixe não podesse fugir ao bater de frente na rede. Os outros dois elementos depois de largar a rede,largavam a corda, atracando ao areio e indo meter a asa num pau espetado no areio. (Chamado Estacão) Depois desta operação folgavam um pouco. Continuava a coordenação entre os 4 elementos, para que o cerco fosse completo com as duas extremidades. A certa altura, seguia-se a operação singer a rede. Os dois que seguiam com o tôro da proa fincavam os pés juntos no areio e íam deslizando, era um esforço grande, normalmente deixavam maracas com regueiras. Quando estava na posição de ser colhida, era dado um berro, dizendo larga, quando tal acontecia já estavam dois elementos a equilibrar as extremidades, ficando assim paralelas,afim de serem colhidas ao mesmo tempo. Largava a corda imediatamente e´dirigia-se ao estacão, chegado lá tirava a asa e corria para o barco trazendo-o o mais possivel para junto do local onde estava a ser colhida a rede. esta operação era feita 2 elementos, enquanto o outro se metia água dentro (já que em tempo não havia galochas (botas de água))e pegava na tralha quer prendia as rodelas de cortiça, segurava-a para cima e levvantava-a para evitar que o peixe que tivesse sido cercado e cada vez mais preso na rede guinasse de um lado para o outro e corresse o cerco de alto abaixo, tentando fugir, o que várias vezes conseguia, quando arrombava a rede.

OPERAÇÃO COLHER A REDE.
Enquanto a rede era colhida, o quarto elemento colhia as cordas e tirava alguns gravatos que estivessedm junto da rede. A rede colhida, tirava-se o peixe, estendendo-o no areio, enquanto 2 dos elementos,davam uma viragem á rede para que ela ficasse ás direitas, para ser novamente metida no barco, procurando detectar ao mesmo tempo qualquer tipo de buraco ou desentralho , ou ainda falta de pedras.

COLHENDO A REDE PARA O BARCO.
A rede era colhida e ficava em feição de ser remendados os buracos, os desentralhos e recolocar as pedras perdidas.

HAVIA UM RESPONSÁVEL PELA VENDA DO PEIXE.
Havia em Cancelos um comprador do peixe, que normalmente a ele os Pescadores de Cancelos vendiam Peixe, contudo algumas vezes vendiam-no no próprio areio, quando tal acontecia o elemento responsável pela venda entrava em negociação com o comprador, normalemnte este, também era responsável pelo livro onde apontava o dinheiro realizado, o qual guardava e depois de tirado o necessário para as despesas de manutenção era repartido de acordo com o que cada um tinha direito.Como exemplo: Vários pescadores não tinham redes, pelo que apenas recebiam meio quinhão, ou seja a totalidade do dinheiro apurado depois de retirado o da despesas era dividido em 8 partes iguais.

OUTRAS REDES QUE ERAM UTILIZADAS PARA PESCAR O MESMO PESCADO A

CABACEIRA
O nome poderá estar relaccinado com a adaptação de duas ou 3 bóias de cortiça,ás quais se dá o nome de cabaceiros (Vulgarmente chamado Chicharo). É necessário meter-lhe estes chicharos (cabaceiros) e uns contrapesos de pedra, para que a rede se mantenha sempre perpendicular. Variava entre os 12 e 15 metros. Tinha um rabo, e dentro deste um outro, que o peixe quando batia na rede,voltava para trás e entrava nesse saco que fechava e não dava para sair. Tinha de ser levantada várias vezes,durante o dia e noite, já que ao entrar Lampreias começava a enrolar, não permitindo a entrada a outros.Na outra extremidade saía uma corda, a qual servia para a amarrar a uma fraga, ou então á pesqueira.As Pesqueira eram construídas pelos proprietário dos terrenos,que quando as não utilizavam alugavam.Recebendo uma quantidade de lampreia a combinar por esse aluguer.Haviam várias a de Santa Cruz,Carneiro, Açorda e a do Atloleiro. As Fragas a da Pica,da Raiva e a de Quebra-Figos.

ARANHÔ OU ARANHUÇO.
Este tipo de pesca era feito em local fixo o mais utilizado era o Remesal em Midôes e o Remoinho em Rio Mau de entre outros. Era necessário uma grande revessa (água a trabalhar ao contrário) o barco ficava de proa para a corrente do rio, a ré com uma corda amarrada aás rochas, para não deixar o barco deslizar.O Aranhô era localizado na proa, a parte que ficava á ssuperficie, era presa com umas cordas ao barco e na outra eram colocados uns calhaus,presos por umas guitas, que ficavam prontas a serem utilizadas pelo pescador. Depois de armado, com a força da água da revessa ficava enfolado. Sentado segurava os tensos, para quando o peixe batesse na rede puxava os contrapesos para o barco e o peixe ficava irremediávelmente cercado.Era uma pesca que exigia uma enorme concentração e paciência. Acompanhei várias noites o meu Pai a pescar no Remesal e muitas delas nem uma picadela dava.

O ALAR.
Eram necessárias muitas estacas de pinho e eucalipto,que espetadas no areio emergido formavam um circo tipo V no sentido da corrente das águas, na maior abertura do cerco entravam as lampreias e no vértice era colocada uma nassa própria, feita de vergas e rede fazendo um arco, para prender as lampreias. Exigia um enorme esforço, mas era basgtante rendoso, já que por vezes se pescava grandes quantidades. Também esta rede foi utilizada primeiro por uma Sociedade de Pescadores de Cancelos e Midões e depois por outros pesacadores.
REDE DE VERÂO - OU DE ARRASTO DO PEIXE MIÚDO.
Também ela exigia um número de 4 pescadores.Homens se destacaram e sempre se dedicaram durante as suas vidas a este tipo de pescaria,uma das razões era a paixão que tinham pelo rio e fazere andar naquilo que gostavam, para eles seria mais de meio sustento.Justo aqui recordar os seus nomes: O Avô Jaquim Ferreira, O Ti Albano, O Ti Carlos Rouxinol, O Tio Luis Gordinha, O Tio Francisco Mota e recem falecido Américo Rouxinol. Muitos e muitos outras pescaram durante dois ou m ais anos, mas ao deparar-se um trabalho mais compensatório, suspenderam esta actividade. Fizeram-no com imensa pena. Mas infelizmente não restava alternativa.

REDE DE ARRASTO - ESCALEIRA.
Era uma rede mais baixa do que a varga, a rede era de pesca ao peixe miúdo,igual á de Verão, pescada por três elementos, como tal a malha muita mais pequena. Levava rodelas de cortiça e chumbo,tralhas, forcadas, tôros e chicharo(cabaceiro) mas mais pequeno. Era utilizada em locais de pouca profundidade.com ela pescava-se o Muge, Barbo,Escalo, Pica, Savelha.CHUMBEIRALevava muito chumbo. Era utilizada para a pesca do peixe miúdo. Utilizada nos tempos de cheias no rio, e nas revessas, nos rios e afluentes. Tinha um formato arredondado,cobria uma área cerca de 10 metros, e uma altura de dois metros e meio e presa a uma corda paróximadamente com 20 metros. Fechada em cima e ía aumentando com a feitura de cambos. O aumento no meio de duas malhas. Era lançada e abria, com o peso do chumbo ía rápidamente assim aberta até ao solo. Depois puxando lentamente pela corda ela ía fechando. Era entralhada e faziá-se umas bolsas, onde o peixe entrava, sendo que várias vezes algum peixe vinha embrunhado na rede. Esta rede era utilizada por muito pescadores.

BARBAL OU MUSGUEIRA.
Durante muitos anos a sua utilização era proibida.
Como o próprio nome indica era princialmente para a pesca do Barbo.Era feita de duas redes, sendo que uma delas era mais larga chamada albitana,o peixe entrava e fazia saco,assim se ganhava tempo suficiente para fazer o cerco. Este cerco normalmente era feito ao meio do rio, utilizavasse um barco e este cerco demorava cefrca de meia hora.PARDELHOSRede de pequena dimensões,colocadas em pontos corrente das águas. são presos para as rochas, levando chumbo, numa das partes laterais e na outra umas pequenas rodelas de cortiça para fazer o equilibrio e lá se deitavam.Normalmente deitavam-se á noite e levantavam-se de manhã. O peixe emanhava e não lhes era possivel saír, porque as barbatanas não lhe pedrmitiam se soltarem.

ESPINHELA

COMO FOI ACABANDO A PESCA DO SÁVEL E DA LAMPREIA!....
O Assoreamento que a partir dos finais dos anos cinquentaAS MEMÓRIAS NÃO SE APAGAM COM O TEMPO- A MINHA HOMENAGEM ÁS EX-COLÓNIAS- PAÍSES AFRICANOS DE EXPRESSÃO LINGUÍSTICA PORTUGUESA.


Areio de Midões - Raiva
Vista do Sr. do Bonfim - Sebolido


Um elo de amor ao rio. A paisagem mostra o Areio de Midões-Raiva do Peso e o Areio D'órt's - Sebolido