sábado, 1 de agosto de 2009

= Pescadores, Barqueiros e Marinheiros

Servindo em Angola
José o terceiro Irmão no Ultramar

Os meus Progenitores

Unidos até ao fim dos seus dias
C O N F I S S Ã O:-
SE ATÉ AO FIM DOS MEUS DIAS NÃO FIZER MAIS EM PROL DA DIVULGAÇÃO
DOS PITORESCOS LUGARES DE CANCELOS E MIDÕES É PORQUE TAL NÃO ME FOI POSSIVEL = ADORO ESTES DOIS LUGARES E SUAS GENTES .A QUEM MUITO DEVO.


=RECORDANDO COM TODO O AMOR E CARINHO O LUGAR ONDE NASCI E RESIDI ATÉ AOS TRÊS ANOS IDADE, MAS COM O QUAL SEMPRE MANTIVE ESTREITA RELACÇÃO.
APENAS PASSEI A VIVER DE FRENTE JUNTO Á OUTRA MARGEM.( UM PRIVILÉGIADO)

=A casa da Madrinha da Minha Mãe=
Tia Olivinha, Peixeira e Carvoeira
Mulher de Armas e Bagagens, que viveu até apos 103 Anos
(Com seu marido, Pescador e combatente da 1ª Guerra Mundial)
=RECORDAÇÕES QUE AS MEMÓRIAS NÃO DEIXAM QUE SE APAGUEM COM O TEMPO=

= FOTOS EM BAIXO MOSTRAM O ANTIGO AREIO DE MIDÕES E O AREIO DÓRTES =
TAL COMO O RIO DOURO É ETERNO, ESTE FORTE AMOR CONTINUA A PERDURAR
LUGAR DE MIDÕES,ONDE EM TEMPOS EXISTIU O AREIO , HOJE NAVEGA O PAQUETE

Por Amor
Sentida Homenagem
=Estas recordações do passado, enchem-me de ternura e saudade, porque me foram deixadas por almas abertas e doces
Capela Santo Ildefonso, custeada e construída pelas Gentes dos Lugares de Midões/ Gondarém
Placa da Associação que na Antiga Escola de Midões/Gondarém desenvolve um trabaho notável.

Pode lêr:
=Santa Ignorância
=Gentes vindas de outras paragens
=Transportes frente a Midões e Cancelos
Como foi possível!....
Ser necessário seguir o exemplo de São Tomé =( Ver para Crer) - Quando na sexta -feira fui informado pelo Sérgio que teria lugar um evento o qual servia para assinalar o 12º Aniversário desta Associação, falou -me do número de Associados e de algumnas das suas inciativas.
Apesar da total confiânça que nele deposito, confesso que cheguei a admitir que poderia estar a brincar com o Tio e como tal seria uma brincadeira.
Mas teria de confirmar e um pouco sorrateiro lá me apresentei há hora combinada.
O som da música estava baixo e só muito próximo é que a comecei a ouvir.
Lá chegado não sabendo muito bem como entrar, dirigi-me a dois Senhores se poderia entrar, pensando eu que eram porteiros e como eu não era Associado, quando me dirigi a eles. ao voltarem-se apercebi-me que o suposto porteiro era nem mais nem menos que o Senhor Presidente da Câmara de Castelo de Paiva, o qual reconheci, só depois de lhe ter feito a pergunta se poderia entrar uma vez que não era Associado. Não resistindo a contar-lhe a história e pedir-lhe desculpa, uma vez que há cerca de um mês e meio nos tinhamos encontrado na Biblioteca Municipal de Castelo de Paiva na apresentação do Livro Ninfa do Douro

Surpresa Maravilhosa
Qual o meu espanto que tudo o que o Sérgio me tinha dito que se estava a confirmar e que havia muito mais a descobrir.
Perguntava a mim mesmo como teria sido possivel desconhecer por completo esta Associação que já conta 12 anos e com tamanha dimensão.
Pouco depois encontrava-me com o Sérgio, fez-me algumas apresentações incluindo o fundador sócio número um.
Devo confessar que foi de uma gentileza exemplar.
Senti uma enorme alegria ao ter conhecimento da grandeza desta Associação num meio tão pequeno e onde residem poucas pessoas, mas que conta com 467 Associados.
Fiquei e continuo a pensar como seria bom que o Centro Recreativo e Cultural de Sebolido se apróxima-se deste número.
Infelismente não prevejo que tal venha a acontecer a curto espaço de tempo.
Teria de haver necessáriamente uma remodelação profunda e um respeito reciproco nos orgão responsaveis. Direcção do Centro e Junta de Freguesia, tal como me disseram acontecer com a Associação e a Junta de Freguesia da Raiva.
Em Sebolido todos são inocentes segundo cada um, mas a responasabilidade reparte-se por uns poucos, que tudo fazem para manter essa distância entre partes em conflito. É uma verdade inquestionável e como tal não pode nemdeve ser omitida. Mesmo que isso não satisfaça ás partes em confronto.
Pedido de Meditação
Partindo desta triste realidade, que me permitam os Jovens Directores um aconselhamento: Saibam sempre separar as águas, porque misturar Associativismo com politíca conduz in- discutivelmente ao caos. É uma factura com um preço tão elevado, que pode não ser viável( solução). Destruir o que uns controem com enorme amor e sacrifício, por outros que pouco ou nada fizeram é fácil, porque normalmente estes são hábeis em criar e fomentar atritos e divisões. Sabendo que de há muitos anos a esta parte, o Centro Recreativo e Cltural de Sebolido paga essa factura, por culpa repartidas, apesar de esta situação se manter anterior á minha entrada que já se apróxima vai para 4 anos e que das muitas tentativas que tenho feito para apróximar as partes em letigio ainda não foi possivel, se calhar por haver interesses partidários a sustentar esta triste situação. Que quem paga a alta factura é o Centro Recreativo e os Directores que teimam em se manterem indiferentes a essas querelas, mas que se não tiverem discernimento, acabam por serem as vitimas. Muito sinceramente não prevejo para já que esta situação se desanuvie e assim cada vez são maoires as dificuldades, que tendem a continuar com a saída de Directores porque a situação é desgastante.
Levo muitos anos ao serviço em várias associações, como tal sei avaliar quanto custa criar e o esforço que é necessária dispender.

Reerguer Tarefa Complicada
É uma tristeza enorme quando por motivos alheios se pode caminhar para um beco sem retorno.
Tão maravilhoso e gratificante para mim estar a falar e alertar ( pedindo para isso permissão) por me ligar laços faternos a esses dois lugares, sendo que foi mesmo no Lugar de Midões onde nasci e vivi até aos quatro anos de idade,passando a partir daqui a residir em Cancelos, mantendo essa ligação dada a assiduidade pescando e dormindo em Midões e não esquecendo o campo agricola que tinhamos no santo Ildefonso. ( Herança da minha Mãe e que o cultivou muitos anos.
Nos meus Blogues: Terras rio e mar. = Terra Rio e Mar, = Rio Terra e Mar, falo das minhas afinidades ao Lugar de Midões e a partir de agora procurarei juntar mais dados e testemunhos vivos, e permito que a associação possa desfrutar deles caso lhes pareçam terem algo de interesse.
Darei seguimento e desenvolverei a noite maravilhosa que vivi neste primeiro contacto, será mais um acontecimento importante que a minha memória não deixará que se apague.
A Parte da Frente da Antiga Escola de Midões , onde hoje está instalada a Associação de Jovens.

Um Rebocador Reboca uma Plantaforma de Carga junto á margem da Encosta de Midões
Casa onde Viveram tios meus e nasceu a minha Prima Luisinha. Vendo-se ainda o Tanque e o Fontanário, onde corre água de primeira qualidade.
Capela de S. José Implantada no Pitoresca Lugar de Midões, sendo Privada tem rico Historia
Mais um Cargueiro se desloca navegando frente ao Peso com destino a carregar areia na Lomba
Mais um barco navega frente a Midões, transportando Turistas Foto tirada 3 Agosto de 2009
Foto Tirada junto à Lingueta dos Pescadores Marinheiros em 3 de Agosto de 2009
A Dona do Barco O Marinheiro escoando a água vendo-se ao seu lado o Barco os Correias
Um cargueiro transportando Tubos para a nova Ponte do Douro navegando frente a Midões.
Três Miniaturas de Barcos Um Rabão, um Balboeiro e um Caíco, feitos pelo saudoso barqueiro e Pescador Agostinho Ferreira natural de Cancelos feitos em fase terminal da sua vida. (Cancro)
Um cargueiro de transporte de tubos a caminho do Cais de Sardoura, navegando frente ao Peso.
Praticando Canoagem, estas são dois exemplares dos muitos que se encontravam naquele dia
Mais Doiss exemplares a confirmar o acima exposto. Maravilhas no Douro - Midões/Cancelos
Foto obtida do Areio do Peso, embarcação com dois Pescadores, o Douro e Lugar de Cancelos
Frente ficava a sardinheira, ali se encontravam as pedras de uma pesqueira que desmoronou
A Dona do Barco O Marinheiro apanhando Ervas para Chás frente ao Lugar do Peso/Midões
A Foto Mostra o Douro, O Lugar de Cancelos e as Ventoínhas na Serra da Boneca
Este navio de nome Gueifões tornou-se celebre aquando da tragédia da Ponte de Entre-os-Rios
Esta fotografia tirada a meio do rio no dia 4 de Agosto de 2009 por volta das 8 horas da manhã
Estes barcos de recreio ancorados e amarrados ao Cais de Midões, onde antes existia o Areio
Lancha Rápida Navegando frente ao Peso, em frente. Ainda se pode ver o Lugar de Gondarém
Dois Barcos de recreio e uma Lancha mais pequena Frente ao Pitoresco Lugar de Midões
Helicóptero quando se preparava para encher água para apagar um fogo, para os lados de Sá.
Um Barco Rabelo, vendo-se ainda um Navio mais longe, Frente a Midões no Sentido rumo Porto
Um Helicópetero rumando ao rio para encher mais àgua para atacar um fogo próximo daqui
Novamente o Helicóptero desta feita frente ao Lugar de Midões, neste combate foram três.
Um Outro Avião a Participar no mesmo incêndio a encher a água do leito do Riom Douro
Um dos Barcos Rabêlos quando se dirige a Caminho do Porto frente ao Lugar do Peso.
Vendo-se ao Longe frente ao antigo areio de Midões Um Rabêlo e um Navio de Transporte
Navio Cargueiro Carregado de Areia. Vendo-se ainda o Pitoresco Lugar de Gondarém
Um dos Barcos que se deslocam aos cais de Sardoura para carregarem Pedra, Frente a Midôes
Navio Cargueiro navegando Douro Acima, rumo Porto de Sardoura Frente ao Lugar de Midões Um Navio de passageiros, que com a sua música e os seus passageiros vão dando ricas fotos

Cargueiro de Areia, frente ao Peso, rumo Varzeela, para carregar areia volta a Entre-os - Rio
=Um Outro Tipo de navio de Trasporte de Turistas frente á enconsta do lugar de Midões
=Navio Cargueiro de Transportando Pedra vinda do Porto Fluvial de Sardoura= Midões
Uma das mais recente embarcação a navegar no Douro. Nome: Tomáz do Douro
=Transportes e Turismo do Tempo Actual . Rebocador rebocando um plantaforma com Grua e Navio transportando Tudos para a nova ponte a construir no Douro - Pombal/Medas.

Frente ao Lugar do Picão em Pedorido = Hotel Flutuante= Nas águas do Rio Douro
Helicóptero enchendo água para apagar um fogo no Vale Escuro no fim do Mês de Maio 2009
Helicóptero junto á margem porque a forte ventania não permitia reabastecer-se ao meio do rio
Um Navio carregado de Inertes (Areia) vindo da Varzeela encontrando-se frente ao Lugar de Midões/Raiva
Dois Rebocadores Rebocam uma Plantaforma que transporta uma Grua Rio Douro/Cancelos
Um dos Navios de Turismo de maior porte que navegam no Rio Douro, Frente Tapado Coelho
As Fotos demonstram que nos tempos correntes o Rio em Cancelos é atraente e espectacular
(Pena que os Responsáveis não incrememtem condições de melhor e mais amplo acesso
Longa Caminhada
Contam-se seis décadas e seis meses o tempo que levo entre o dia em que nasci e o dia de hoje
22Julho de 2009.
Não fora a Natureza causar uma daquelas surpresas que nos proporciona e decide neste mês presentear com um dia chuvoso, que nos convida a sentar como no caso frente ao computador e a nossa mente que parece já contar com este descanso quase obrigatório, avivadamente nos traz ao presente, tempos do antigamente, que apesar das distâncias em que ocorrem parecem copiarem-se rigorosamente.
Como como ousa dizer-se:- água não molha Marujo, e eu que durante muitos anos pelo facto de o ser Marujo não utilizava guarda-chuva, certamente por isso habituei-me a não me resguardar da chuva. Mesmo que depois me traga algumas tossidelas. Mas burro velho não tem emenda. Ou melhor é defeito de fabrico, já que os meus antepassados também sofriam dcesta tendinite.
Como nos bons velhos tempos, agora mordido pelo bichinho de Agricultor, fazendo jus á fama de Marinheiro toca de semear um naval. Não sei se vai dar Nabiças, mas não posso ser acusado de não tentar.

Não precisa esperar muito
=O Rio fica a escassos metros, olhava e lá andava uma pequena embarcação com três pescadores , indeferentes, qual fato de chuva qual quê!...
=O mesmo se passava com uns outros quatro que se encontravam a pescar de Terra na margem do outro lado.
=Fui buscar a objectiva, como sempre tive a Doênça da Fotografia, lá me preparava para obter algumas, mas como o que é barato tem rato, a máquina fracota não propocionava uma imagem de alguma qualidade.
=Ao vê-los causou-me inveja e mesmo todo encharcado, lá fui buscar uma sardinha salgada, duas canas e lá me ía dirigi para o rio, mas a chuva engrossava, então lembrei-me que ainda tinha peixe para fritar agora há noite, lembrei-me dessa coisa que agora é sempre notícdia em temo de crise, a chamada gripe A.
=Disse para comigo:- Marujo não sejas leviano, porque o Cântaro tantas vezes vai á fonte que um dia deixa lá a asa, e eu que tanto me descuido a apanhar molhadelas, pensei que o melhor era desististir.
=Não foi cobardia, mas aquela máxima de não deias peixe a quem quer aprender a pescar. Serve para quem já sabe pescar mas os amigos lhe vão dando peixe, acaba por ou vou hoje e vou amanhã e o tempo vai passando e o bichinho cada vez é mais persistente. Mas passa sempre para amanhã.
=Não tem sido fácil arranjar tempo para dedicar á Agricultura, escrever e ler e tempo para pescar.=Fui criado aqui no Tapado do Coelho, habituado a ver estes terrenos circunvizinhos sempre cultivados.
=Por baixo da sala existia uma Corte, onde se criava uma Toura e Ovelhas.
=De há uns quinze anos a esta parte, melhor desde que o meu amigo Baloca deixou de cultivar isto,começaram as Silvas a subirem pelas Oliveiras que entretanto e de há uns anos a esta parte deixaram de criar azeitona para produzir azeite.
=Melhor criam muita, mas cedo apodrece toda com bicho lá dentro, sem o minímo de aproveitamento.
=Custava-me enfrentar esta situação, pois olhar para este pantano que em tempos foram leiras floridas e de grande produção, pois até desfrutam de presas e àgua de nascente.
=Prometi a mim mesmo que um dia quando deixasse de trabalhar efectivo, gostaria de poder contribuir para que eles voltassem a florir de novo.
=Coincidência ou não, o meu vizinho falou com o propietário e começou a cultivar metade das leiras, o que mais me incentivou a lhe pedir e depois de autorizado, limpei os terrenos e agora é um regalo ver as leiras floridas como no meu tempo de criança. Que enorme alegria estará a sentir a Ti Matildes esteja ela onde estiver.
=Foi bom ter chovido, não tive necessidade de regar e o tempo livre permitiu-me falar para os amigos.
Memórias da minha Juventude
=O MUNDO MARAVILHOSO DE CRIANÇA=
»Ao Longo de décadas tive o privilégio de conhecer e conviver com inúmeras pessoas.
»Foram convivências com Gentes de todo o nosso Portugal.
»Passamos horas a fio a falar do que foram e como foram vividos os nossos tempos de criança e como eram partilhados.
»Por muitas e importantes razões importante se tornará fazer a sua divulgação.
»Ao fazê-lo pretendo que ele venha a servir como guia de ponderação. Muita coisa certamente não é recomendável que se façam.
»Se calhar também nós não o deveriamos ter feito, mas muitas das coisas que se passaram e como se passaram, eram um desafio constante. Estou convicto que foram os nossos desafios, que decididamente contribuíram para uma maior flexibilidade de horas marcadas de entrar em casa.

Santissimas Trindades
« RECOLHER OBRIGATÓRIO«
Segunda Guerra Mundial 39/45
»TERÁ DITO SALAZAR:- PORTUGUESES FICAREIS LIVRES DA GUERRA. MAS NÃO LIVRES DA FOME «

TRÊS ANOS DE IDADE
Não foi nada fácil a minha integração e aceitação pelo grupo de crianças entre os 3 e mais anos.
Dia que não me acertassem o passo não era dia bom para eles.
Entendiam que eu não tinha o direito de participar nas brincadeiras nem ocupar os espaços que eles consideravam exclusivamente seus.
Apesar de os meus Avós Paternos serem deste Lugar e eu aqui viver tempo a meias com o Lugar de Midôes.
Meus Pais compraram cerca de um ano antes uma Casa no Lugar de Cancelos o sito conhecido por Tapado do Coelho.
A mesma estava ocupada por um caseiro, que teimava em não saír.
Impuseram condições e mais condições, apesar de minha Mãe ter arrajado casa e comprometer-se a pagar-lhe um ano de renda.
Nada servia.
A lei facultava-lhes esse direito.
Foram tempos difíceis, pois a casa onde habitávamos no Lugar de Mídões,era em Terra e apenas tinha cosinha pequenissima e uma sala igual.
Já eramos dois irmãos e um terceiro estava a caminho.
Travessia do Douro
A vinda definitiva para a nova moradia que eu meu dois anos antes tinham comprado em Cancelos, aconteceu um dia mais cedo do que estava previsto.
Minha Avô chamou para informar que já tinha a chave, que a Malhada velha já a tinha entregue e que a Casa já estava vazia.
Minha Mãe tinha acabado de meter a farinha de milho no caldo para fazer umas papas, nem queria acreditar no que ouvia. Começouu de imediato a carregar a meia dúzioa de trapos para dentro do barco, que era o que havia, tal era a pobreza, embrulhou num farrapo a Panela das Papas e vá de atravessar o Rio e o almoço (as papas seriam comidas na nova casa).
Para mim era uma festa maior, pois em Midões era bastante limitado no meu raio de acção, as minha Tias e Primos não me davam redea solta e como tal o larú era limitado.
Ai de mim se me sujasse, era isso e outras coisas , que eu apesar dos meus três anos não me agradava nada andar por ali controlado. certo que fugia para Cancelos apara casa dos meus avós, porque ali tinha liberdade quase total, as minhas Primas facilitavam-me mais.
Vir para uma casa maior e já com Soalho de Madeira, foi uma enorme alegria.
Deu para estar uns dias sem vontade de procurar arranjar companhias.
Esta prisão voluntária, foi Sol de pouca dura.Provadamente não edra passaro de gaiola.
Ao Tempo... Em Cancelos existiam um grande número de raparigas e rapazes. Seguramente o tempo em que mais crianças houve aqui no fundo do Lugar.
Haviam grandes movimentações, o único transporte existente era pelo Rio e os Barcos Rabelos, Rabões e outros, subiam e desciam e muitas vezes paravam aqui no Lugar á espera de vento.
Primeiros Tempos Dificílimos
Apesar de frequente a minha permanência em Cancelos em casa dos meus Avôs Paternos, e me juntar aos miúdos de Cancelos, quando mudei em definitivo as coisas complicaram -se.
Eles não viram com bons olhos eu andar sempre debaixo da saia da minha Avó e Prima)
e depois que passei a viver cá, comecei a ir sózinho e segundo eles era reguila demais para os gostos, foi então que comecei a ser confrontado.
Queria brincar, mas eles não permitiam nem que eu jogasse á bola ao Pião, saltar á corda, ou á macaca nem pensar etc. Fazer casinhas também era impensável, nem tão pouco que me abeirasse deles. Quando me apróximava um pouco mais. Corriam comigo.
Esta situação durou algum tempo. Isto revoltava-me, mas eles não eram bons de assoar.
Eu também não lhes ficava atrás. Eles eram muitos e unidos eu era só.
As coisas ainda mais se complicavam em cada dia que entrava.
Treinavam-me e eu não me podia queixar. Porque tudo o que eu fosse dizer ás Mães deles ou á minha Mãe, mesmo que verdade pura passava a ser pura mentira.
Contavam tudo a favor deles, o culpado de tudo era sempre eu.
Levava deles e dos meus Pais.
Foi uma luta desigual, mas que aos poucos eu fui vencendo.
Comecei também a ajustar contas quando os apanhava isolados. Depois de uma boa trepa, ficavamos a ser amigos. Assim fui arranjando mais amigos e acabedi por ser totalmente aceite.
Eu não era um bom exemplo, era mais um tratante que entrava no grupo.
Começamos a engendrar coisas do arco da velha.
Chegavamos a surpreender os nossos progenitores,questionavam-se se seria possivel nós uns fedelhos termos capacidade para fazer as coisas que faziamos. Chegavam a acredita que cenas de traquinices que faziamos, teria de haver alguem com mais idade metido nisso.
O Mundo estava em transformação.
As conversas dos Barqueiros dos Barcos Rabelos, juntado-lhes as que ouviamos dos nossos prescadores, que não tinham grandes reservas de falarem, quando nós estavamos por perto, permitia-nos saber tudo como as pessoas crescidas.
Aos quatro anos,estavamos no grupo onde haviam outros com seis e sete.
Todos juntos fazíamos coisas levadas da breca.
Os nossos Pais que tinham tido uma educação extremamente rigída e abrutalhada, procuravam dar-lhe continuidade, convencidos que serua a melhor. Os tempos eram outros.
Eramos castigados com dureza,eramos púnidos por tudo e por nada. Isso levou-nos à teimosia e as ditas asneiras que faziamos assiduamente não lhes dava grande possibilidade de rigidez total.
Dia que não chovesse não era dia. Mas como era diário, acabamos por ficar malhadiços, a porrada já não era problema. Continuar a fazer o que bem nos apetecia.
Numa altura em que o dinheiro mal chegava para comprar um carrinho de linhas por mês, quando os apanhavamos, logo o faziamos desaparecer, para fazer rede para os Pardelhos. O problema era que as nossas Mães precisavam das linhas para remendarem as roupas e nós já as tinhamos utilizado. Era um chover constante do Pai e da mãe.
O problema agravava-se, porque deveria estar a cuidar dos meus irmão mais novos e andava sempre longe,fazia-o constantemente e a tareia certa já não era problema, a minha Mãe já evitava bater-me com a mão porque isso já dava era para ela se aborrecer e não sortia qualquer efeito. Normalmente era com uma corda, também não assustava, era um puco mais árduo quando era com uma vargasta, mas mesmo assim no dia seguinte a cena repetia-se.

Quatro Anos
Já mergulhava e ficava preso na lama, nadava em locais fundos e de dificuldades acrescidas. Isso sucedia diáriamente, os mais velhos faziam de socorristas e as dificuldades eram ultrapassadas.
Vida Ocupadissima
A vida começava muito cedo, quando o tempo o permitia. Por volta das cinco e meia da manhã havia que levantar para acompanhar a Mãe buscar um molhito queiró ou carqueja, que depois carregaria até ao areio de Cancelos, onde os Rabões a viriam carregar. Muitos dias após a chegada com a carqueja, havia que ir ao maninho do Vale da Fonte ou Vale Escuro, apanhar um pouco de lenha para depois cozinhar.
Comecei a ter de acompanhar minha Mãe, já que o meu Irmão chegado a mim ficaria a cuidar dos meus Irmãos,era essa a lei, mas ele tinha uma queda especial para isso.
Chegados, logo preparava a escapadela, pois o jogo do Peão, as corridas a pé organizadas pelo Mudo ( que o prémio era sempre a velha cavilha). Jogo da Macaca,a bola de trapos para disputa do jogo debaixo da ramada da Ti Maria Zé ou no Areio , fazer o Barquinho de Papel para navegar ou de casca de pinheiro. Preparar as bolas de lodo para a batalha do dia seguinte. Colher caixilhos para as casinhas, pois a namorada tinha que ter os ingredientes para poder cozinhar. Ir roubar fruta á Moira, á Abitoriera ou Pedregal. Eram tarefas que não podiam ser adiadas, bem como a pescaria sempre muito importante.Ainda como uma vinda cá acima para apreciar o andamento das obras da abertura da Estrada, o que não nos agradava nada, porque sabíamos que o seu funcionamento tiraria muito a Cancelos. Ainda de vez em quando uma escaramuça. Os Domingos eram ocupados a apreciar os bailaricos debaixo da ramada.
Cancelos e Midões eram um Mundo Maravilhoso.
Não havia Desânimo
Ainda havia outras tarefas para cumprir, tal como estar na bicha , quando no Verão a Fonte deitava pouquíssima água e a encher um caneco de água levava mais de uam hora.
Também quando o tempo o permitia era natural a travessia do Rio a nado. Para tentar passar despercebido a roupa ficava sempre escondida e íamos nus. Mas era fácil sermos avistados das nossas casas que estão implantadas a poucos metros do rio.
Na maiorfia das vezes quando chegavamos ao local de partida tinhamos o Pai ou Mãe a esperar a tareia era certa, algumas vezes de cinto e quando estavamos nús, mas estavamos tão malhados, que nada fazia doer e no outro dia as cenas repetiam-se.
Quarto de banho exterior edificado na chamada leira da Olivinha. Onde o Rio é meu Confidente
= A casa por cima foi adquirida por um novo inquilino onde em tempos viveu uma numerosa familia onde a fome foi o pão nosso de cada dia dessas crianças.
=Vendo-se ainda parte da casa antiga da Olivinha agora reconstruída pelo seu Filho com a bonita idade de 89 anos feitos em Abril passado.
= Ao cimo o Monte do Vale Escuro, noutro local desenvolverei os inúmeros casos ali ocorridos.
1=Velha Casinha,que teimo em conservar, onde muitas vezes faltou o pão, mas nunca o amor e carinho de uma Santa Mãe. Aqui dentro está muito de mim. Tempos que a memória não deixa que se apaguem. Um amor que perdura e irá continuar para além de mim. É minha convicção.
2= Do lado esquerdo pode ver-se uma parte da Fregueisa da Raiva.
3= Rio Douro, Midões e Cancelos são um Mundo Espectacular LEITO DO MELHOR RIO DO MUNDO (RIO DOURO). O Cais actual, onde antes da Construção da Barragem de Lever começava o Areio de Midões A Tasca do Saudoso Júlia
A Foto mostra a casa em ruínas onde em tempos ídos na parte do rés do chão funcionou uma taberna, sendo que também funcionava uma barbearia e se tocava e cantava ao desafio. Foi aqui que o meu progenitor tocando Viola e cantando ao Desafio começou a namorar a sua Esposa minha Mãe.
Quatro de Agosto de 2009 no S. Domingos


Lado Direito Casa dos meus Avós
Lamparão, hoje rua do Lamparão der Midões/Raiva, onde em tempos ídos no Edifício maior funcionou a celebre Tasca do Tenente e posteriormente do Correia. ( AI QUE SAUDADES) A Casa ao Lado direito era da Antiga Familia dos Caramilas (Meus Avós Maternos) na qual dormi noites e dias em criança com a minha avó Mãechica).

Caramilas e Polonas
Viagem de Sonho
( Elos de Ligação Maternos e Paternos)

Conversas dentro de àgua
Segregando ao meu Rio
Estão dentro de mim
Pai e Mãe
A minha homenagem aos Camaradas Fuzileiros
O Lugar de Cancelos, Tem Rio e Tem Fragas
Lindo e as suas Gentes hospitaleiras, ou não fossem pescadores/marinheiros
Marinheiro e os seus Balboeiros
Junto às Comportas da Barragem de Carrapatêl
Regresso junto da S.ra da Cardia, ou Boa Viagem
Baladas de Marinheiro em Moçambique
Por Amor a Metangula/lago Niassa
Barco "O Marinheiro"
Na rota da inspiração no ajuntamento imaginativo dos familiares paternos e maternos
Ligação à Carbonifera
Rabões, quantas histórias ligadas aos Barqueiros
Rabão relata um passado dos meus avós maternos como barqueiros por conta própria comprando, transportando e vendendo no Porto

Viagem Prometida
Nenhum dos Pontos mais negros da Minha existência e são muitos os trocaria pelo maior Jackpot de que há memória no Euromilhões. Os Outros, são de valor incalculável, de números tão astronómicos que nenhuma máquina calculadora conseguiria realizar e apróximar-se do valor real. Uns e outros enchem o meu Armazém de Experiências e Sabedorias que me permitem partilhar sem correr o minímo perigo de erro, que permitam o insucesso ou desonestidade. Este valor conseguido não está disponivel, nem ao alcance, em nenhuma área de Grande Superficie.Ou Locais de enormissimas dimensões. Mas só possiveis de encontrar em grandes corações. Valor Humano que supera o valor material.Se há Mulher de Cezar, não bastava Sê-lo,tinha de parecê-lo. Aos Solidários esse Valor ilumina quem dele necessita.Talvez seja injusto da minha parte falar assim, já que. Continuo a muito receber diáriamente para o pouco que dou, segundo o meu cálculo. Esforço-me por em cada dia que vivo dar o melhor de mim, mas talvez esse melhor que julgo poder ter dado possa ter sido muito pouco e que com mais dinâmica poderia ter dado muito mais. Vou a Caminho dos vinte e três. Em que procuro viver um dia de cada vêz. Escolhi o dia de hoje, para tudo dar. Sempre e só no dia de Hoje. O Ontem já passou e ficaram armazenadas, o que de positivo ou negativo deixei feito. O Amanhã quando chegar será o hoje e então sim. Uma nova tentativa de fazer mais e melhor. Já que convictamente sei que inteligente é quem repete erros Novos e não quem repete os erros Velhos. Se tempos houve que apressadamente me fui matando! Hoje tudo procuro fazer com dignidade e amor para estar de bem com a Vida. Para esta Luta constante, tenho necessitado e cada vez mais volu precisar destes preciosissimos utensilios.Pois Quem Vai para o Mar ou Rio tem de aviar-se em Terra. Um Bom Marinheiro precisa de ter :- A Antiquíssima, mas saudosa e Acolhera Unidade. Tenho a Casa dos Meus Pais. A Embarcação:- Tenho o Meu Balboeiro de Nome "O Marinheiro"A Espadela :- Tenho a Minha cara Metade LúciaDois Remos : - Tenho as Minhas Lindas Meninas Catarina Eufêmia e Carla Rocha.O Mastro :- O Pescador Barqueiro- Meu Pai Agostinho Ferreira,que leva ainda a Chumbeira e a Mugeira.A Vela- O Meu Primo Alberto, Para ambos irmos de novo roubar as Uvas Quilhão de Galo á Quinta do Narciso e roubar o Dinheiro do Peixe para comprar Tabaco do Fortes. As Pegas :- O Meu Tio Luís Gordinha e o Manel Venâncio enquanto esperam que a gente regresse da venda do Peixe e de roubar as Uvas. O Vento e a Água : -
A Minha Tia Aurora
Que Cú p´ra Dentro e Cú p´ra Fora
E que com aquela cara de Pasmar.
Que há Primeira Mijadela.
Vai fazer andar o barco á Vela.
Fazia encher um Alguidar.
P´ró Barco não Encalhar.
O Piloto Mentor Companheiro Inseparável Rio Douro Cosinheira :- Leinheira /Pescadora - Elisa da Presa - Minha Mãe= Ajudantas Lete e Sabina - TiasComandante :-Jaquim Ferreira ( O Guerguenteiro)- Avô Paterno Lavadeiras= Júlinha e Guida Serralheira = TiasMatador de Gado = João Coveiro- TioMoço da Loja Simão - Tio - Santo e Senha = Pataca a Ti, Cartilho a mim. Repita- Pataca a Ti cartilho a Mim.Amanho de Peixe. Ana- PrimaPescadores - Sapateiros-António e Jósé Ferreira- Irmão e Ti Albano Amigo, Para cortar de novo a rede ao meio em Alpendurada.Responsável Eclesiástico :- Ex- Seminarista Mota (Cunhado e Quim Ferreira ( Irmão ( Sácristão. 2ª das Nove Sextas- Feiras- Jejum para tomar Hóstia - Figos da Figueirado Tapado do Coelho Cão de Bordo JolimPregoeiras do Peixe = Guida Ferreira (Avô Paterna e Oivinha Gordinha (Tia Materna) Costureira= Margarida - Ternina.Barco de Apoio: Rabão do Avô e Avô Materna Manchica. Restante Guarniçao do Rabão Tios e Tias Maternas e Manel e Luísito Padrinho e Afinhados.Responsáveis pelo Toque músical de Largada :- Valdemar e Quim Ferreira,Aprendizes de Música na Banda de Rio Mau.
Ouvem-se os Sinos :- Santo Ildefonso Em Midões/Gondarém em S. Brás em Canelas. Na Igreja Matriz da Raiva, O Carrilhão em S. Domingos da Serra e na Igreja Matriz de Sebolido. Na Capela da Senhora das Amoras e porque hoje é lá a Festa Dia 8 de Setembro a Mãe Elisa, festeja o seu Aniversário. Vai cantar-lhe os parabéns.
A largada está a apróximar-se; Oliveira do Arda,Raiva,Gondarém, Midões e Cancelos estão emocionadissimos. Ordem do Comandante Guerguenteiro para tocar á Faina. Todos aos seus Postos.
Ordem para Recolher o Primeiro cabo e Espia da Lingueta.
O Ujo das Fragas do Vale Escuro dá um Uivo, Faz o Primeiro reconhecimento Faz-se acompanhar de incontáveis perdizes que tapam o sol por completo e dificultam as manobras. Os Coelhos que estavam a Filmar deixam de ter claridade e não podem prosseguir o seu Trabalho. Por ainda não existirem Flaches. Os Muges Comandados pelo António O Grande Muge Saltam de Contentes,Barbo, Escalo, Voga, Enguia e a Lampreia Dobram-se Todas. O Sável esse deixa correr regressa pequeno ao Mar alheando-se da Confusão, as Perdizesteimam em continuar.O Comandante Guergueteiro a Tremer que nem Varas Verdes, lança um S.O.S. Saiem de Cú para a Porta. O Paulo, A Guilhermina A Sapeira a Moira, A Rosa a Guida e Matilde Desparam a artilharia, pouco depois o seu voltava á normalidade,mas os gases peidémicos eram asfixiantes. Valeu a ajuda Preciosissima das Moscas, que morreram milhares asfixiadas. Todos foram condecorados e ficaram a ter cús de Guerra Anti-Aéreos. Um Percurso memorável numa viagem histórica,ainda hoje se recorda o forte Mosqueteiro e Jeropiga que muito contribuíram para impedir a penetração do frio Corpos dentro. Um Fim quase trágico, qundo o Muge entornou Jerupigamente e quase morria congelado junto á casa do Zé do Paulo. Lá Fomos Rio Acima, Os Portelos, a bitoreira, a Cortiça, O Remesal,a Seixinha, Figueirido,Linhares,Tudo estava Ali, mui sorridentes, como a quem nos a desejar uma boa continuidade e um melhor regresso. A Valsa, Oliveira Reguenga e Entre-Os-Rios, até o Comboio e Linha inaugurados no tempo de Jovem do meu Avô nos esperavam. Passamos a Ponte e tamanho o susto tivesse o pressentimento que ela nos estava a caír em cima, dizia o meu Avô que ela já tin ha estado quase a caír na grande Cheia de 1909 e ele que era natural do Torrão, sabia do que falava. Felizmenter. Foi Ilusório. Continuamlos Viagem e frented ao Torrão na Varzea do Douro. Como na Varzeela que nunca Venta. Mas a minha Tia Aurora, com os Ventos Silênciosos da Prima Barrota lá provocavam ventos sufcientes para que Barco e Rabão se fosse Movimentando. Sem que nada o Fizesse Prevêr os Sopros habituais do Meu Irmão o Auim e os mal cheiroas do Zé os inesperados do Tarim - Ternina lá contribuiram para que os Barcos se apróximassem dos dez nós Hora. Navegamos frente Quinta Nraciso, acabamos de entrar no Poço do Castelo, O Comandante Supremo,manda apitar novamente á Faina porque decidiu Fundear as Embarcações para Almoço. Começamos a falar eu e o meu Rio. Tinha decidido ser hoje o dia D para lhe confidenciar tudo sobre a minha Segunda Mãe. A qual dá pelo nome de Armada o mesmo de (Marinha de Guerra Portuguesa) e o que ela me tinha proporcionado. Sempre me encorajando que eu gostasse mais e cadaz vez mais da Minha Mãe Elisa.Esta Dona Senhora não tem ciúmes dos seus Filhos, ao contrário de nós. Agora tocou para Almoço, retomaremos a conversa depois de almoço. Depois do repasto e uma soneca de repouso, um pouco prolongada, porque o Vento teimava em não caír, vamos prosseguir a viagem. Não poderemos de forma alguma criminar o Vento por tardar em soprar, devemos isso sim agradecer-lhe. São 15 horas e todo este tempo, serviu para se colcar a conversa em dia. Nós os mais novos,divertimo-nos imenso, funcionou o Jogo do Peão o saltar á Macaca e ainda sobrou um pouco de tempo para jogar á Pincha(ao Botão). Os homens, esses forma divertindo-se com uma forte e bem ralhada Suecada, enquanto os Outros íam jogando á Malha. As Mulheres essas, depois de lavar as Louças, preferiram para dar á tramela e colocar a conversa em dia.Certo que o Vento não sopra muito forte, mas como o tempo que dispomos para esta viagem é ilimitado, o importante é que ela continue a correr harmoniosamente como até aqui e por outro lado o Vento ao Soprar brando, proporciona-nos, uma melhor miragem,o mesmo é dizer:- Podemos mais calmamente admirar estas maravilhosas paisagens ao pormenor. Deixamos à pouco o areio de Sabolido,o Castelo continua lindo como sempre. A Ilha dos Amores e o Rio Paiva continuam com uma atracção invejável. Um e outro parecem estar a convidar-nos para que estejamos com eles mais tempo. Gostariamos imenso e seria com enorme satisfação que o faríamos, mas o prometido é devido e como tal temos de continuar viagem. Teremos a oportunidade de encontrar novos atractivos e como sempre estamos convictos que no final da Viagem não vamos poder eleger ou destacar um local em especial, já que todo o percurso é de uma atracção apaixonante. Estamos já perto do Cais de Escamarão, do lado esquerdo fica a bacia de Bitetos, o Avô Jaquim (O Garguenteiro) já reuniu as Tropas e deu ordem para atracar-mos no Cais em Bitetos. Certo que andamos poucos nóses e quando o Vento sopra razoávelmente bem, parar por volta das 4 da tarde não parece boa ideia. Mas como se diz na Gíria, que se perca a Batalha, mas nunca os bons costumes. Para um bom Pescador, que se preza de o ser, a paragem em Bitetos, é mais que um dever. É uma obrigação.Certo que a paragem não será longa, o tempo de chegar á Tasca, comer umas latinhas de Atum, ou então se houver! Há que comer uns Barbitos Fritos e umas Azeitonas. Tudo correu de acordo com o previsto, são 17 horas e o vento continua a soprar, já tocou de novo á Faina e as Velas começam a ser Içadas.
a minha querida e saudosa Ti Julinha que também faz parte da guarnição.
Recordações de S. Tomé e Principe
Orgulho-me de ter servido a Armada´
Viagem de sonho. Rio acima . Douro abaixo
Gratas Recordações do Senhor do Bonfim
Vendo-se o Areio de Midões de Frente e o Areio D'órt's do Lado direito.
Subindo o Rio Até Escamarão
Areio que ía da Ilha dos Amores junto ao Rio Paiva, até ao Cais de Escamarão


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