sexta-feira, 1 de maio de 2009

Junta de Freguesia de Rio Mau =Moinhos da Estibada de Baixo


Moinhos da Estivada


Vê-se ainda um desses moinhos


O Carlos um desses moços Moleiros
Entrada do caminho da Estivada, que dá acesso a Vale de Travessos,começamos a nos apercerber da beleza do Poço Negro onde existe uma mina muito antiga, e de todo aquele vale envolvente assim como aquela vasta região montanhosa, com a existência de vales e picos coroados de beleza natural, destacando-se ali ao meio da encosta, a muito falada fraga amarela, ao passarmos por aqui, logo se recordam os tempos onde se carregava a Carqueja e a Queiró, destacando-se lá mais acima , as pedreiras da lousa e ainda mais ao cimo da Serra ao Norte, está implantada a capelinha de S. Pedro Pegureiro.
Ousam dizer certos Cristãos, «O Futuro a Deus Pertence».
Sem procurar fazer futurologia, mas admitindo que em tempo de crise e que nesta dita chamada crise provocada para servir interesses priveligiados de uns quantos, fácil se torna prevêr, que o chamado pé descalço terá de tomar em mãos inciativas que visem garantir um sustento minímo, o qual lhes permitsa viver num futuro próximo com dignidade.
Para aqueles que como eu, que já contam com umas décadas de existência, e que já vimos do tempo em que a hoje Freguesia de Rio Mau se abastecia por farinhas de milho, moídas nos moínhos que se encontravam ao longo das suas margens (seu Rio, o Rio Mau). Mais concretamente na Estivada de Baixo, e onde hoje ainda se encontram lá alguns moínhos, apesar de já estarem em ruínas, se este artigo se mantiver nos primeiros lugares juntar-lhe-ei fotos que atestam essa ruínas.
E quem sabe possam vir a ser um precioso contributo para que alguém decida fazer um investimento de forma a reconstruir uma pérola da Aldeia com Tradições Históricas. As histórias maravilhosas dos Tis Zé Marias e das Ti Marias,passando pelos seus filhos e sobrinhos alguns dos quais foram seus criados e guardam nas suas memórias recordações maravilhosas de valor incalculável que muito poderia contribuir para ajudar no futuro, que a continuar sem nada se fazer, não se prevê risonho.
E a dignidade Humana é o valor mais importante da vida a conservar. Sei por experiência própria que quem foi preparado para a vida, nunca se deixa vencer pela adversidade e o tempo de crise é sempre superado, e os efeitos negativos da crise menos sentidos.
Como na Estivada, em Casa do ti Zé Maria, dizia-se que um Moço preparado para a vida vale por dois. Conheci um dos seus Sobrinhos e Moço que se tornou meu primo por afinidade. Rapaz analfabeto, quando tinha os seus sessenta e cinco anos preparava-se para dar início a uma aprendizagem de ler e escrever, na Escola das Novas oportunidades, mas infelizmente uma doença incurável rápidamente lhe ceifou a vida.
Não sabia ler nem escrever, mas tinha sido ensinado com mestria a trabalhar e a ser honrado, escravo da sua palavra . A sua Caneta era a Enxada, foi essa enxada que sempre o acompanhou e foi juntamente com a sua Esposa, Filhos e Netos companheira inseparável quasde até aos seus momentos finais. Foi essa que lhe permitiu viver uma vida de honradez e dele fazer um Chefe de Familia Exemplar.
Viveu muitas dezenas de anos longe fisícamente dos Moínhos onde tinha servido em casa do seu Tio Zé Maria, mas era tal o amor que lhes dedicava que sempre que podia falava deles (Moínhos) com um amor e ternura contagiante.
Tive o privilégio que ele me acompanhasse a vê-los, levar-me junto dos seus primos para eles me darem os seus testemunhos e assim poder confrontá-los com o seu.
Conhecia apenas alguns dos Moleiros, a Égua e o Burro, mas após escutar os testemunhos, passei também a ficar contagiado pelo seu historial.
A partir de então, quase sem me aperceber tornei-me num curioso e passei a ler histórias de Moinhos e Moleiros, mas daquelas que conheço, não tenho dúvidas que a Estivada ombreia muito justamente com as melhores.
Não tenho a veleidade de ter obtido todo o seu historial, mas acredito que o Povo de Rio Mau, de Sebolido, Melres, etc., terras que eram abastecidas pelas farinhas que lá se moíam, certamente lhe juntarão outras histórias, e hoje graças á Internet, é possivel não deixar que se percam. Passados que quando registados, podem ser peças preciosas e instrumentais no futuro.
Logo que me seja possivel prometo desenvolver este testemunho.






FOTO DEMONSTRATIVA DE TODA A RIQUEZA PAISAGISTÍCA DA PITORESCA FREGUESIA DE RIO MAU



Foto Maravilhosa da Freguesia de Rio Mau, a mais recente do Concelho de Penafiel. Terra de Gente Hospitaleira. Tem Rio e Riacho, Moinhos em Ruínas na Estivada, Montes e tocam os Sinos na Torre da Igreja. Gentes que desde o tempo de outrora acalentam a esperança da construção de uma Ponte, que faça A Ligação com a `Freguesia de Pedorido, que em tempos idos já lhe pertenceu. Uma aspiração legitima e ambicionada por todas as Freguesias circunvizinhas de ambas as Margens do Rio Douro.


Bateira :- Barco de transporte de pessoal. Descarregando porque a travessia sobre o Rio Arda não era possível por a ponte estar submersa pela enorme súbida do caudal do rio.






Recordando a segunda maior cheia ocorrida rio Douro no ano de 1962. As águas junto à Igreja Matriz de Pedorido






















A ponte de ferro está submersa. O Rio Arda está ao lado esquerdo da bateira. A embarcação encontra-se ancorada junto á casa ainda hoje existente e onde finda a ponte antiga.

Se na maior cheia ocorrida no Rio Douro no ano de 1909, na qual o caudal do rio subiu um metro acima da de 1860 e onde a maior referência próximo de nós, é a antiga ponte de Entre-os -Rios, onde chegaram a estar as tropas do Exército prontas para a cortar o Tabuleiro e assim evitar que o ancoramento das árvores no mesmo Tabuleiro fizesse emergir o Lugar dse Entre-os Rios e a Freguesia do Torrão. A de 1962 está marcada em inúmeros locais da Freguesia de Sebolido e Rio Mau. Sendo que esta terá ficado o caudal a poucos centimetros abaixo dfa de 1909 e acima da de 1860.

NAVEGAR NA ROTA DA MEMÓRIA É SEMPRE UMA NAVEGAÇÃO IMPORTANTISSIMA

Como Recordar é viver duas vezes. Vale a pena a referência.

Dedicatória:

Pretensão de com este trabalho homenagear todos aqueles que em procura de uma vida melhor se viram forçados a abandonarem as suas Terras de origem junto ás margens do Douro, sendo que muitos deles vivem na Vila de Nogueira da Regedoura e Terras circunvizinhas, sendo que para que muitos deles foi uma partida sem retorno, por razões diversas perderam a identidade com as suas terras natais. Que encontrem neste blogue e nos meus outros elos de ligações e recordações com as suas origens.

Também pela minha parte um reconhecimento para com a Vila de Nogueira da Regedoura, pela oportunidade de lá residir à muitos anos. Onde foram residir os meus familiares. Na qual conheci minha cara metade. Nela foram fabricadas e nasceram as minhas duas filhas. A qual servi autarca e a ela continuo ligado por lá residir, pelos amigos e laços familiares. Mas também com imensas familiariedades.

Acredito que a pretensão desta minha pequena contribuição, possa via a ser um despertar de uma continuidade constante para novas divulgações.

São Recordações Gratificantes que a Memória não deixa que se apaguem.

RECORDAÇÕES E SAUDADES DO BOLETIM INFORMATIVO DA VOZ PERTENÇA DO C.R.P. RIO MAU.
HISTÓRIAS DO PASSADO, PARA RECORDAR NO PRESENTE E REVIVER NO FUTURO

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